Galeno marcou o golo que garantiu o 3.º lugar do FC Porto na Liga, num jogo marcado pela expulsão de Victor Gomez ainda antes do quarto de hora. Perante um Sp. Braga que precisava de ganhar, os portistas tiveram de ser pacientes para conseguir chegar ao golo, denotando muitas debilidades na hora de o fazer.

Os dragões tinham muita gente na frente, quase a formar uma linha de cinco, mas pouca a construir e ninguém a jogar entrelinhas. Não havia jogadores a provocar roturas na defensiva arsenalista, que não teve outro remédio senão jogar no contra-ataque. Mesmo assim, os guerreiros ainda chegaram a assustar os azuis e brancos e a manter a incerteza no marcador até ao final.

Expulsão condicionou

Sérgio Conceição usou a mesma fórmula que tem utilizado nesta segunda metade do campeonato, apostando nos mesmos onze que bateram em casa o Boavista. Rui Duarte também pouco mexer depois do triunfo no sempre quente encontro com o Vitória de Guimarães, trocando apenas Paulo Oliveira por José Fonte.

O início do desafio foi equilibrado, com as duas equipas a entrarem cautelosas. Contudo, tudo mudou perto do quarto de hora. Victor Gomez, que já tinha tido uma entrada dura e visto o cartão amarelo, travou em falta Galeno, quando este se dirigia para a baliza. Nuno Almeida não hesitou e mostrou a segunda cartolina amarela e a consequente expulsão. Os guerreiros passavam a jogar em inferioridade numérica, no entanto foi o jogo que sofreu com isso.

A primeira metade tornou-se enfadonha e com poucos motivos de interesse. Vítor Carvalho entrou para a direita da defesa e Pizzi foi sacrificado. O Sp. Braga fechou as linhas e os portistas sentiram muitas dificuldades em chegar à baliza de Matheus. A equipa orientada esta noite por Vítor Bruno circulava o esférico em câmara lenta e era muito previsível, esperando quase sempre por iniciativas individuais.

Os bracarenses iam tentando esticar o jogo, mas a manta era curta. Os dragões até chegavam às imediações da área, mas havia muita cerimónia e falta de pontaria na hora de poder fazer a diferença. Havia mais motivos de interesse nas bancadas do que no relvado. Os adeptos bracarenses não desistiram da equipa e puxavam por ela, à espera de um golo que pudesse dar vantagem aos locais.

Galeno acertou nas redes

Os azuis e brancos entraram com outra vontade para o segundo tempo e bem cedo começaram a cheirar o golo. No entanto, pela frente apanharam um inspirado Matheus que defendia tudo. Na mesma jogada, o guardião bracarense impediu o golo por três vezes. Pepê isolou-se e rematou contra o guardião; o esférico sobrou para Conceição que fez o mesmo; por fim, a bola foi ter aos pés de Galeno que rematou em arco para um voo do brasileiro.

Os bracarenses estavam praticamente remetidos à sua área, mas conseguiram esticar o jogo e chegar à área do solitário Diogo Costa. Valeu o corte in-extremis de Wendell a impedir que o esférico chegasse a Ricardo Horta. As dificuldades dos dragões jogarem entre linhas tornavam a vida dos guerreiros mais fácil.

Os dois técnicos foram mexendo e refrescando as equipas, mantendo a dinâmica das equipas. A turma arsenalista aproveitava as bolas paradas para tentar criar perigo e foi assim que Vítor Carvalho ficou perto do golo, cabeceando rente ao poste. Ainda assim, Vítor Bruno foi mais feliz com as substituições. Taremi conseguiu jogar entrelinhas e foi dali que fez o passe para Galeno que, já no interior da área, rematou em arco para golo.

Até ao final, os bracarenses tentaram o tudo por tudo, mas os dragões fecharam as linhas e não permitiram que a baliza de Diogo Costa fosse violada. Valeu o bom espetáculo fora das quatro linhas, com os adeptos das duas equipas a mostrarem forte apoio ao emblema de coração. Ambas saíram do relvado aplaudidas.