FIGURA DO JOGO: Jota Silva

Um talento para os todos os dias. Em 33 jornadas assinou 11 golos e cinco assistências, o que não faz justiça à importância deste internacional português. Surge pela direita, deambula para o meio, ajuda na recuperação e é decisivo na hora dos heróis. Naturalmente, o amor dos «Conquistadores» por este general cresce a cada partida.

Numa época que poderia conhecer um desenrolar díspar – face à instabilidade no comando técnico – Jota Silva foi referência para todas as horas, dobrando barreiras e apontando ao lugar ambicionado pelo Vitória. Ainda que o sonho do pódio tenha caído por terra, nada «belisca» a entrega e criatividade, mote para Jota apontar a novas paragens.

Na tarde deste sábado foi protagonista no segundo golo e esteve sempre nos momentos de festa e brilho dos vimaranenses.

Consulte, aqui, a crónica da partida.

MOMENTO DO JOGO: Jota domou o «Lobo», 50m

O arranque da etapa complementar revelou um Vitória revigorado, por fim determinado a vencer o encontro. De batuta em riste, Jota criou pela direita e ameaçou assistir para o empate. Ainda que Matías Rocha tenha afastado o perigo, foi o princípio da reviravolta dos «Conquistadores».

Reveja, aqui, o filme do jogo.

Outros destaques:

André André: o amado mestre – ovacionado com pedidos para renovar, ao minuto 86, quando substituído – volta a provar que «velhos são os trapos». No alto dos seus 34 anos, foi o mais inconformado na primeira parte e assistiu para o 1-1. Além disso, tal como Jota, fica ligado à maioria dos momentos de perigo. O médio, outrora internacional, também espelha a essência do Vitória, sobretudo pela entrega, fervor e inteligência tática.

Nélson Oliveira: assinou o segundo golo na Liga. O ponta de lança capitalizou a oferta de André André e assistiu Manu Silva. Em boa hora chegou a Guimarães, colmatando a saída de André Silva, que, em todo o caso, continua a deixar saudades.

Thiago: o guardião do Arouca esteve muito mal no lance que confirmou a reviravolta. Depois de uma primeira parte segura e tranquila, Thiago acumulou erros. No banco esteve João Valido, um dos destaques na receção ao Estrela.

David Simão: o pai destes «Lobos» continua a fazer as delícias dos adeptos com passes bombeados, de área a área, que na maioria das vezes resultam em perigo. Além de inteligente no contexto defensivo, o capitão do Arouca junta-se às referências na transição ofensiva. Naturalmente, terá o nome cravado nesta campanha do Arouca. Quando saiu, aos 83m, foi aplaudido, de pé, pelos adeptos da casa.

Trezza: uma aposta falhada. Ainda que tenha conquistado o penálti, na primeira parte, o avançado uruguaio não soube combinar com Jason e Cristo. Além disso, falhou o golo, aos 29m, com a baliza deserta.

Cristo: o «mosqueteiro» que adora os holofotes. Por mérito. Numa época prolífera – de 15 golos e nove assistências na Liga – encerrou a contagem pessoal nesta tarde. Ainda que o camarada e amigo Mújica leve mais golos (20), Cristo é um jogador completo, chave nas transições.

Jason: incomodado desde princípio por dores na coxa e joelho direito, deixou o encontro aos 55m, quando o Vitória completava a reviravolta. Em todo o caso, o espanhol esteve em evidência aos 31m, quando atirou à barra.