Os Super Dragões, claque de apoio ao FC Porto, reagiu esta terça-feira à operação «Bilhete Dourado», garantindo que «não disponibiliza aos seus membros bilhetes de ingresso por valores distintos dos valores faciais impressos nos bilhetes».

Referindo que, enquanto Grupo Organizado de Adeptos (GOA), está a cumprir com «todas as obrigações legais e estatutárias» nessa qualidade, os Super Dragões notam que têm em vigor «dois protocolos, respetivamente com o FC Porto e a FC Porto SAD».

No mesmo comunicado, a associação afirma que o clube e a sociedade «obrigam-se a vender aos membros da Associação Super Dragões bilhetes de ingresso para os jogos a realizar no Estádio do Dragão a um preço máximo de 20 por cento acima do preço estabelecido para sócios», a «conceder apoio logístico na organização de deslocações nos jogos a disputar na condição de visitante», a «encetar contactos com os clubes adversários para obter bilhetes de ingresso a um preço mais baixo relativamente ao preço estabelecido para o público em geral nos jogos na condição de visitante» e ainda a «oferecer uma média de 266 bilhetes de ingresso para o sector 2 dos jogos a disputar pelas modalidades no Pavilhão Dragão Arena».

O grupo assegura que «sempre cumpriu e executou os referidos protocolos nos seus exatos termos», bem como os anteriores aos que estão em vigor e que «apoiará sempre» o FC Porto «de forma incondicional e intransigente».

A operação «Bilhete Dourado» resultou na constituição de 13 arguidos e na apreensão de cerca de 3000 bilhetes, 44.400 euros, além de documentação, material informático e uma tocha, segundo informou a Polícia de Segurança Pública, na segunda-feira.

Em causa está a operação policial desencadeada no domingo, no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público e pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), do Porto, relacionada com a bilhética do FC Porto e a claque Super Dragões.