Os jogadores do Sporting desmultiplicaram-se em entrevistas à comunicação social na última semana, no rescaldo da conquista do título e, em muitas delas, referiram-se a Ruben Amorim como um treinador «chatinho». O treinador reagiu com «orgulho» e falou ainda numa semana em que o plantel andou a festejar, mas garante que agora já está em «modo final de Taça».

«Nós sabemos que não podemos impedir esta fase de festa. O departamento de comunicação também quis dar um pouco dos jogadores para aproximar os adeptos da equipa. Isto não aconteceria se estivéssemos a lutar agora pelo título, acabaria este último jogo e esta situação de entrevistas não iria acontecer porque tínhamos de preparar a Taça de Portugal. O que fizemos foi olhar para as duas semanas e percebemos que era impossível evitar. Fizemos os jantares que tínhamos a fazer, demos as entrevistas que temos de dar, mas a partir deste jogo, porque vai haver festa e é impossível controlar isso, vamos entrar em modo final da Taça», anunciou.

Com tanta festa há o perigo dos jogadores perderem a concentração quando há ainda um título para conquistar. «Não tenho medo disso, é simplesmente o preço do sucesso e, graças a Deus, tivemos duas semanas para poder limpar todas essas distrações», comentou.

Quanto ao teor das entrevistas dos jogadores, Amorim assume, que nos treinos, é mesmo «chatinho». «Sou muito chatinho porque tenho de ser. Acho que não vão conhecer nenhum treinador do mundo que não seja chatinho. Tenho muito orgulho em ser chatinho», destacou ainda.

Quanto ao futuro, o treinador diz que não teve qualquer «conversa séria» com os jogadores. «Simplesmente não falei mais nisso. Tenho contrato com o Sporting, eles sabem que eu gosto muito de estar cá. Tenho uma ideia como vamos jogar para o próximo ano, que mudanças temos de fazer. Não tive uma conversa séria com eles, é a vida normal», referiu ainda.