O Sporting viveu mais um dia de festa, este sábado, quando recebeu o troféu de campeão, logo após a vitória sobre o Desportivo de Chaves. É evidente a confiança dos adeptos na atual equipa técnica, um cenário bem diferente do que vivem os rivais diretos neste momento, mas Ruben Amorim diz que o cenário pode mudar de forma súbita, «basta a bola não entrar».

O treinador começou por revelar os momentos mais marcantes da corrente temporada, em particular o momento que sentiu que o título já não escapava.

«Foram vários, logo o primeiro jogo com o Vizela, com aquele golo do Paulinho, depois o jogo do Benfica, não senti que já estivesse ganho, mas senti que demos um passo a frente. Mudámos o confronto direto e tínhamos quatro pontos de avanço. Onde eu senti que seria muito difícil perder o campeonato foi com o Vitória de Guimarães. Foi aí que senti que o campeonato já não nos fugia», começou por referir.

Em relação à comunhão entre a equipa e os adeptos e as diferenças para os rivais, o treinador explica as diferenças pelos resultados, mas não só.

«Em relação à união, é de realçar que o ambiente vem muito dos resultados, é verdade, mas os adeptos do Sporting provaram o contrário no ano passado. Quando chegámos aqui, nunca vi um ambiente como estava naquele estádio e jogadores com tanta dificuldade em ir para o jogo. No primeiro jogo com o Aves. Era realmente difícil, jogadores estavam nervosos por jogar em Alvalade. No ano passado estávamos em quarto lugar, fomos eliminados pelo Varzim, sem títulos, e nunca senti os jogadores assim. Senti que estavam confortáveis a jogar em casa. Adeptos provaram que não é só resultados, é olhar para o clube e ver o caminho, a ideia», destacou.

Mas disse mais, para o treinador, os adeptos tiveram um papel determinante na conquista deste título.

«É uma grande vantagem que temos, temos um caminho, sabemos que pode correr bem ou mal. Já provámos que conseguimos estar unidos nos bons e maus momentos. É importante. Mas o futebol está sempre a mudar. Não falo em relação aos adversários, porque a bola entra e volta a união. Já provámos, aqui, com as mesmas pessoas, a ganhar ou perder, mantemos a mesma relação. Com altos e baixos que tivemos. É uma vantagem, já vivemos isso, os outros têm de fazer o caminho deles», acrescentou ainda.