Dois anos após uma marcante entrevista ao Maisfutebol, em que Teófilo Cubillas lamentava não se ter despedido convenientemente do F.C. Porto, o peruano está de volta. Um dos 50 melhores futebolistas do século XX (eleito pela FIFA) chegou esta noite à Invicta.

«Portugal é também meu. Fui pai pela primeira vez aí. Tenho de voltar e pedir desculpas aos portistas. Nunca me despedi convenientemente», dizia Cubillas em 2010, ao nosso jornal, a partir de Miami.

Recorde a entrevista ao Maisfutebol

Neste domingo, o craque peruano cumpriu a promessa. Voltou mesmo, 35 anos depois. Representou o F.C. Porto entre Janeiro de 1974 a Janeiro de 1977, antes de regressar ao seu país. Entretanto, rumou aos Estados Unidos da América e por lá continua.

Cubillas estará em Portugal durante uma semana. Será homenageado pelo ISMAI na terça-feira e dará uma aula no Estádio Municipal da Maia na sexta-feira. Pelo meio, quer visitar o Estádio do Dragão.

«Tinha muitas saudades de Portugal e do Porto. Não vinha cá há 35 anos. As maiores recordações que tenho são os duelos com o Benfica. Há um Benfica-Porto esta semana? Vou ver se consigo lá ir então», disse o peruano, no Aeroporto Francisco Sá Carneiro.

O ISMAI (Instituto Superior da Maia) irá homenagear três figuras inesquecíveis no VII Congresso Internacional de futebol: Cubillas, Madjer e Chalana.

James e Carrillo com enorme futuro

Teófilo Cubillas, em conversa com os jornalistas no aeroporto, recordou a «grande amizade com Eusébio» e ficou emocionado com uma receção marcante. Alguns vizinhos do seu tempo no Porto, muitos deles jovens nessa altura, fizeram questão de rumar ao local para receber o ex-jogador.

«Continuo a ver, quando posso, como está o F.C. Porto e estou a par das suas conquistas», acrescentou o peruano, destacando dois jovens que despontam no futebol português: James Rodriguez e André Carrillo.

O extremo do Sporting, curiosamente, veio da equipa que Cubillas apoia. «Ele é da minha equipa, do Alianza Lima. Tem condições bárbaras. Do Porto, vi o James Rodriguez jogar em Miami pela seleção. Terá um futuro brilhante. Já o tinha visto no Mundial de sub-20», explicou.

35 anos depois, um dos melhores jogadores do século XX está de volta a Portugal.