José Pedro, treinador do Arouca, a primeira equipa a tombar um gigante, leia-se uma formação da Liga, nesta terceira eliminatória da Taça de Portugal estava dividido no final da partida. Se, por um lado, não disfarçava o sorriso por ter acabado de eliminar o Marítimo, por outro, relembrou as seis épocas que passou ao serviço dos insulares, como jogador, e, por não ser pessoa dada a hipocrisias, declarou-se triste por ver a sua equipa do coração ser afastada.
«Que posso dizer? Aconteceu Taça. Normalmente, estas surpresas acontecem. Tenho grandes homens nesta equipa. Não é fácil quando temos jogadores que trabalham até às 19h00 todos os dias. Tinha avisado que não ia mudar nada na equipa e que íamos jogar como sempre fazemos. Felizmente, os jogadores mostraram isso dentro de campo. Fomos uma equipa desinibida, sem nada a perder, que olhou sempre o Marítimo nos olhos. Mas por não termos nada a perder, isso não significou que não tivéssemos a responsabilidade de jogar bem e querer ganhar. Já tinha sido eliminado pelo Marítimo [quando treinava o Fiães há duas épocas] nas grandes penalidades, agora tive a felicidade de passar.»
[Sobre o facto de ter jogado no Marítimo]«Estou feliz pela minha equipa, mas triste pelo Marítimo. Passei lá seis anos, já estive pelo clube numa final da Taça e terei sempre muito carinho por eles.
[Preferência no sorteio] «Não pedi nada e saiu-nos o Marítimo. Por isso, não vou pedir nada outra vez. »