Jorge Teixeira jogou na época 2009/10 no Maccabi Haifa e habituou-se a ter o Hapoel Telavive como adversário. Agora na neutralidade de Zurique, o defesa central português dá uma ajuda a Jorge Jesus e disseca o primeiro adversário do Benfica na Liga dos Campeões.

«Estivemos na frente durante todo o campeonato, mas depois seguiu-se um play-off e perdemos o título na última jornada. Foi dramático», diz Jorge Teixeira, de 23 anos, através da sua assessoria de imprensa.

«Isso também reflecte o espírito das equipas israelitas. São sempre muito combativas, deixam tudo em campo, nunca desistem. Mas o Hapoel é um adversário ao alcance do Benfica. A equipa portuguesa tem um potencial individual e colectivo naturalmente superior.»

Árbitro russo no Benfica-Hapoel

Formado no Sporting, Jorge Teixeira está desde 2008 fora de Portugal e já conhece as ligas do Chipre e de Israel. Nesta última teve, como já se percebeu, o Hapoel como principal obstáculo à conquista do título.

«Eles são fortes sobretudo em casa, porque o estádio deles é pequeno e têm adeptos fanáticos. Mas agora, na fase de grupos, vão ter de jogar noutro estádio, no Ramat Gan, e aí as bancadas já ficam distantes do relvado. O ambiente é um pouco diferente», explica o central do Zurique.

«Fora jogam mais na expectativa. É isso que deverão fazer na Luz, até porque sabem que o Benfica é superior. Além disso, e tal como o Benfica, têm tido maus resultados neste início de época e querem aproveitar a Champions para ganhar moral.»

Relativamente aos melhores jogadores do Hapoel, Jorge Teixeira destaca quatro elementos:

«O guarda-redes é o Eneyeama, da selecção da Nigéria. Até é ele que marca os penáltis. Depois há o Da Silva, um brasileiro, que é o patrão da defesa. No meio-campo o Vermouth é muito criativo e no ataque há o Shechter, um avançado bastante perigoso», alerta Jorge Teixeira.