Uma estranha história levou o Liverpool a defender-se em tribunal contra um motorista do clube.

Dave Sloan foi polícia e começou a trabalhar no clube inglês como c
hauffeur de jogadores, treinadores e administradores. Agora, alega que foi despedido por ter denunciado um dirigente, um dirigente que viu a receber dinheiro vivo dos futebolistas. As citações que se seguem são do Independent.

Em tribunal, Sloan alegou que tinha «grande confiança» por parte da camada diretiva do clube. Adepto de longa data do Liverpool, o ex-polícia estava em Hillsborough quando se deu a maior tragédia de sempre num estádio inglês. Apesar do amor ao Liverpool,  ficou desconfiado ao ver que a conta bancária de um dirigente tinha aumentado substancialmente.

Os advogados de Sloan alegaram que o motorista fazia parte de uma «equipa especial», que tratava de várias questões ligadas à vida dos futebolistas. Por exemplo, uns tinham como função colocar combustível nos carros, outros procurar casa para os reforços ou arranjar escolas para os filhos dos jogadores. A equipa também estava encarregue de abrir contas bancárias.

No entanto, Sloan argumenta que as tarefas que tinha para executar diminuiram drasticamente depois de mudanças a nível diretivo e de ter acusado um dirigente de vender bilhetes de forma ilegal. Na candonga, precisamente.

Ora, Sloan alega que por detrás de todo este processo, que o levou a realizar tarefas como ser chamado para ir de casa ao clube para pendurar um relógio, tem como origem a denúncia que fez.

O caso tornou-se sério numa festa de natal organizada pelo treinador Brendan Rodgers. Sloan nega que estivesse alcoolizado, embora admita que bebeu «umas cervejas» durante o evento.

A advogada do clube leu um depoimento do diretor-executivo, que testemunhou que Sloan, o motorista, estava «de cabeça perdida, com gestos em frente à cara» de Ian Ayre e ficando «cada vez mais furioso». A advogada disse que Sloan teve de ser retirado à força do local e perguntou ao motorista: «Você está a dizer que há uma conspiração contra si?»

«Estou», respondeu em tribunal o antigo polícia.

Sloan foi suspenso no dia seguinte à situação descrita pela advogada. 

Mais tarde foi despedido e resolveu entrar na justiça contra o clube que sempre amou.

O caso prossegue na justiça.