Julinho foi a figura principal da goleada de 12-2 imposta pelo Benfica ao F.C. Porto em 1943, ao marcar quatro golos. Curiosamente, tratava-se de um avançado natural da cidade invicta e que tinha iniciado a carreira no Boavista. Depois representou o Académico, de onde se transferiu para Lisboa.
Uma transferência com o dedo de Necas Maneta, uma espécie de olheiro do clube encarnado que era conhecido como «homem sombra do Norte». Depois de ter levado Francisco Ferreira para o Benfica, Necas Maneta garantiu a contratação de Julinho, que custou trinta e cinco contos (vinte e cinco para o clube de origem e dez para o jogador).
No Benfica, Julinho foi o melhor marcador do campeonato em duas épocas, mas o golo mais importante da carreira foi apontado no dia 18 de Junho de 1950, quando deu a vitória ao Benfica na final da Taça Latina, frente ao Bordéus. Ao lado de Mário Rui, Arsénio, Espírito Santo e Rogério, constituiu o quinteto atacante pouplarizado como os «cinco diabos vermelhos».
Três anos antes, a 27 de Abril de 1947, tinha apontado seis golos na vitória por 13-1 imposta pelo Benfica à Sanjoanense, naquela que é a maior goleada de sempre no Campeonato Nacional. Despediu-se a 10 de Junho de 1953, no Campo Grande, frente ao Belenenses.