Baltemar Brito, treinador adjunto de José Mourinho no Chelsea, usou alguma ironia para falar da vitória do Chelsea sobre o Bayern Munique, por 4-2, em jogo da primeira mão dos quartos de final da Liga dos Campeões. «Agora, vamos pensar no campeonato e vamos tentar vencê-lo, porque a Liga dos Campeões não é para nós». O técnico brasileiro não explica os seus motivos, em declarações à RTP. «Foi isso o que senti hoje». Provavelmente a declaração surge pelo último lance do jogo: a grande penalidade a punir uma pretensa falta de Ricardo Carvalho a Ballack é muito forçada e resultou no segundo golo da equipa alemã.
Em termos globais, Brito elogiou a postura da equipa: «Estamos satisfeitos com o desempenho dos nossos jogadores. Preparámos bem este jogo, marcámos quatro golos e os jogadores demonstraram um grande desempenho, ambição e personalidade». Coube ao técnico brasileiro assumir o controlo das operações no banco face ao castigo imposto a José Mourinho pela UEFA que não pôde, sequer, estar na bancada. «Estivemos com o José Mourinho, duas horas e meia ou três horas antes do jogo e não conversámos mais. Ele não falou com os jogadores no balneário», garantiu.
Por isso, o Chelsea teve de optar por outra estratégia. «Preparámos muito bem o jogo. Tínhamos a estratégia e as tácticas a fazer. As tácticas são do Mourinho e o trabalho é dele», adiantou Baltemar Brito. «Antes do jogo, ele deu a estratégia e nós tínhamos liberdade para tomar decisões durante o jogo. Foi isso que fizemos».