Eduard Agim Abazaj é um antigo ídolo do futebol albanês, um nome sonante que conseguiu abraçar várias experiências fora de portas. Na década de 90, chegou a Portugal, para assinar pelo Benfica, e ganhou raízes. Aos 39 anos, continua por cá, aguardando ansiosamente pelo Portugal-Albânia desta quarta-feira.
Como representante desportivo da Albânia no nosso país, Abazaj falou ao Maisfutebol sobre as potencialidades da selecção que já conquistou quatro pontos no Grupo A de apuramento para o Campeonato do Mundo de 2010. Aliás, os mesmos que a equipa portuguesa.
«A Albânia fez os dois primeiros jogos em casa e deu o máximo. Empatou com a Suécia e venceu Malta, mas agora sabemos que será bem mais difícil fora. Contudo, Portugal vai defrontar um meio-campo forte, onde Lorik Cana, que joga no Marselha, é uma mais-valia. Gostava de ver a Albânia jogar sem medo aqui, que venham para disputar o jogo abertamente», atira o albanês residente em Coimbra.
«Queiroz devia ter arriscado na Suécia»
Eduard Abazaj esteve nos dois confrontos oficiais entre Portugal e Albânia, no apuramento para o Mundial de 1998: «Perdemos 0-3 em casa e 2-0 nas Antas. Jogamos bem e espero que a Albânia venha com a mesma atitude. O tempo das goleadas já acabou. A Albânia tem muitos jogadores a alinhar no estrangeiro e isso permitiu à selecção evoluir, mas sabemos que é impossível lutar pela qualificação até ao fim.»
O antigo médio, agora empresário na zona de Coimbra, continua a torcer pela Albânia mas atribui todo o favoritismo a Portugal. O país que o acolheu, aliás, já está no coração. «Depois da Albânia, Portugal é o meu país. Fui muito bem recebido, cheguei há 14 anos e continuo por cá. Também sou treinador de bancada, como todos, e acho que Queiroz devia ter arriscado na Suécia. Nos últimos 20 minutos, devia ter colocado em campo o Nuno Gomes, por exemplo. Mas pronto, é bom empatar fora e não tenho dúvidas que Portugal vai vencer na Dinamarca», frisa.