O técnico do Atlético de Madrid Abel Resino evitou comparar o desafio desta quarta-feira com aquele que ditou a eliminação da sua equipa nos oitavos de final da Liga dos Campeões do ano passado. O treinador entende que este não é um jogo decisivo, pois num calendário com seis partidas, ainda faltam cumprir cinco. Sobre o F.C. Porto, afirma que «continua muito forte».
«Perderam jogadores importantes, como o Lucho e o Lisandro, mantêm a mesma qualidade. Vamos tentar não repetir os erros do ano passado, porque eles têm jogadores muito rápidos na frente que gostam de jogar em contra-ataque», disse o responsável na conferência de imprensa de antevisão do encontro.
O técnico tem sido contestado pelos adeptos pela onda de maus resultados que assola a equipa, mas não sente o lugar em perigo: «Não está em causa a minha continuidade, porque tenho um contrato para cumprir. Trabalho todos os dias e não posso estar a pensar que o meu futuro depende do resultado de um jogo, porque isso traria uma grande instabilidade. Tenho é que pensar em soluções para os problemas que vão surgindo».
Um dos antídotos que Abel Resino terá de encontrar será a forma ideal de travar Falcao, que tem estado em evidência neste início de temporada. «O Falcao é muito bom, tem raça e é muito bom dentro da área. O golo que marcou ao Sporting é um espelho perfeito da forma como ele joga. É um bom avançado, ambicioso e temos de encontrar uma solução para anulá-lo» admitiu.
Abel Resino quer que neste jogo seja dada a machadada final nos maus resultados, numa revolução que começou com o golo de Maxi Rodriguez nos instantes finais do jogo com o Valência, na última jornada da Liga espanhola e que ditou o empate.
«Foi um golo muito importante para os meus jogadores que precisavam dele, mas se pensarmos bem só nos deu um ponto. Mas o que importa é que a equipa continua empenhada, mostra atitude, mas nem sempre as coisas saem como queremos. Tínhamos vindo a jogar bem, mas não estávamos a ser recompensados. O futebol é feito de bons e maus momentos e é preciso ultrapassar esta má fase. Quando os resultados não aparecem é normal que haja ansiedade, acontece a qualquer equipa. Todos temos procurado soluções e temos uma fazer uma força mais porque temos pressa em sair desta situação», afirmou.