O regresso de Pedro Emanuel a Coimbra não passou de um enorme zero, dividido pelas duas equipas. Um resultado que satisfaz, sobretudo, o ex-técnico da Académica, já que os da casa não foram capazes de fazer valer esse fator. Num relvado em péssimas condições, foi difícil fazer muito mais. E assim se serve o primeiro nulo do campeonato.

Com isso, as equipas não viram mudar muito as respetivas situações na tabela, mas, lá está, mais uma vez, os arouquenses podem sentir-se mais felizes, pois continuam com algum conforto sobre a linha de água, algo que os estudantes já não podem dizer.

Este era um daqueles jogos que nenhum dos técnicos queria perder. Ninguém quer perder, sempre. Mas neste caso, num desafio entre dois antigos colegas de balneário quando eram jogadores, no F.C. Porto, e no regresso de um deles, Pedro Emanuel, ao local onde começou a treinar na Liga, a aposta era alta.

Talvez por isso, Sérgio Conceição começou logo por surpreender o amigo em termos táticos, não só pela estreia de Fernando Alexandre após a lesão sofrida ainda na pré-época, mas sobretudo pela aposta em Makelelé, também de regresso à titularidade, em detrimento de Cleyton.

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Com isso, o técnico conimbricense conseguiu maior capacidade de pressão sobre os médios arouquenses, tentando condicioná-los logo na fase de construção das jogadas. O brasileiro, de resto, fez um jogo de encher o olho.

Com um meio-campo todo ex-Briosa (Nuno Coelho, Bruno Amaro e David Simão), os homens da Serra da Freita foram assentando jogo e ganhando confiança com o pouco acerto da equipa da casa. Mais uma vez, os estudantes entraram em jogo com uma inexplicável letargia e falta de acutilância no último terço do terreno.

Os comandos de Sérgio Conceição parecem poupar-se para a segunda parte, em que jogam com outro andamento. A equipa foi empurrando o adversário para trás, ganhou uma infinidade de cantos, e prolongou a ideia de que poderia marcar a qualquer momento.

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Mais ainda quando Marinho foi lançado no jogo, trazendo mais vivacidade à partida. O jogo passou a desenrolar-se, sobretudo, no sentido da baliza de Cássio, que teve de se aplicar para evitar o golo de Ivanildo.

Mais tarde, foi o pequeno extremo quem voltou a ameaçar o zero no marcador, mas, mais uma vez, a bola foi para fora depois de desviada por um adversário. Perdeu-se, de resto, o número de cantos para a Briosa, incapaz, também nesse aspeto particular, de retirar alguma vantagem.