Hélder Barbosa (Académica), com fogo nos pés
O miúdo é um talento e mostra-o de cada vez que toca na bola. O futebol parece que ganha fogo quando Hélder Barbosa entra em jogo. Muito rápido e com uma técnica desconcertante, assim um pouco ao jeito de Cristiano Ronaldo, fabricou o golo de Gelson e deu cabo da cabeça a quem lhe apareceu pela frente. Perde apenas por se alhear tanto tempo e tantas vezes do jogo.
Roma (Belenenses), incapaz de estar quieto
Mostrou-se sobretudo na criação de jogadas de finalização para os companheiros. Rapidíssimo, muito irrequieto e com boa técnica, foi uma dor de cabeça constante para a defesa da Académica. Com a descida no terreno, para o meio-campo ofensivo, tornou-se ainda mais interventivo e inventivo. Pelo caminho serviu Zé Pedro e Manoel para duas excelentes ocasiões de golo.
Ruben Amorim (Belenenses), pau para toda a obra
A disponibilidade física internacional sub-21 chega a ser impressionante. Esta tarde varreu toda a zona à frente da defesa com uma capacidade enorme de ir a todas as bolas, de pressionar todos os adversários, de estar sempre perto das zonas por onde o jogo passava. Um trabalho quase invisível, mas precioso. Sobretudo na segunda parte, quando a Académica se lançou à procura da vitória. Pelo meio ainda cobriu o lado direito da defesa após a expulsão de Cândido Costa.
Roberto Brum (Académica), o rigor do costume
O trinco brasileiro voltou a ser dos melhores da equipa sem ter que acrescentar nada ao que lhe é habitual. Ou seja, foi apenas ele. Bem posicionado, rigoroso, voluntarioso, inteligente e agressivo como sempre. Apenas por isso conseguiu segurar o meio-campo da Académica quando mais foi preciso e evitar males maiores que surgissem da boa organização adversária. Recuperou inúmeras bolas, empurrou a equipa para a frente e compensou várias vezes a ausência dos companheiros.
Zé Pedro (Belenenses), geometria e pulmão
Foi enorme no meio-campo, defendendo e atacando com enorme voluntarismo. Começou como segundo trinco, numa posição que lhe deu mais liberdade e que lhe permitiu, por isso, subir várias vezes no terreno. Numa dessas subidas para zonas de finalização quase marcava, mas Pedro Roma negou-lhe o golo com uma fantástica defesa. Entre várias outras coisas ainda apontou depois, e com todas as medidas bem tiradas, o canto que permitiu a Nivaldo empatar o jogo.