A Académica continua a apresentar-se em grandes palcos, já depois de ter deixado uma boa imagem, a meio da semana, no Vicente Calderón. Desta feita, o encontro está marcado para Alvalade e Pedro Emanuel não espera menos da sua equipa, pese todas as vicissitudes associadas a mais um embate de elevado grau de dificuldade.

«O Sporting joga em casa e tem obrigação de vencer, até por ser um grande do nosso futebol, visto por aí tem toda a pressão do seu lado. Agora nós vamos com a nossa própria pressão, de ir lá apresentar o nosso jogo, a nossa própria personalidade, para podermos conquistar algo», disse o técnico da Briosa, rejeitando um empate caso lho fosse dado à partida:

«Pelo prazer e paixão que tenho pelo futebol, não entro num jogo nem com a vitória garantida, nem com a derrota concedida ou o empate. Jogo o jogo pelo jogo e gosto de o disputar, esperando que, no final, sejamos nós os mais felizes.»

Só um aspeto atormenta o técnico dos estudantes: as lesões. A equipa corre o risco de ter apenas um número mínimo de jogadores para apresentar em Alvalade. Cenário que o Maisfutebol já tinha avançado, apenas com a diferença que este domingo foi João Real que voltou a parar, enquanto Júnior Lopes está de regresso.

«Vamos com o pensamento de disputar os pontos presentes, o que nos pode limitar tem a ver com questões de lesionados, além de que tem sido uma época desgastante, com uma competição nova para nós, e viagens, mas não servirá de desculpa. Temos de estar mais unidos do que nunca, com mais vontade e determinação do que nunca», assumiu.

Vercauteren só desajuda

A recente mudança de comando técnico no Sporting será o pano de fundo para a partida, numa alteração que, de acordo com Pedro Emanuel, não deverá trazer nada de bom para a Académica.

«Torna as coisas mais difíceis, claramente, porque os resultados menos bons, e a consequente mudança de treinador, alteram o estado anímico do plantel. Como jogador, passei por isso, sei o que representa», afiançou, olhando ainda a outros detalhes:

«É motivador ter o novo treinador presente, os atletas não vão querer defraudar as expetativas. São esses estados de espírito que permitem dar a volta. Já não esperava um jogo fácil e muito menos neste momento.»

Frontal na forma como aborda as questões, mas também cavalheiresco em certos domínios, o técnico dos estudantes não quis alongar-se muito quando instado a falar sobre o que se estará a passar em Alvalade:

«Gosto de falar da minha casa, e pouco da dos outros. O que tem faltado ao Sporting é ter sorte em determinados momentos, mas não acredito que se apresentem com menos motivação ou ambição. Tudo isto pode colocar-lhe maior pressão, mas não retira o valor que tem.»