Ruben Jorge, presidente da «Mancha Negra», rejeitou esta sexta-feira a hipótese da única claque da Académica de Coimbra se legalizar. Em declarações à agência Lusa, o adepto dos estudantes afirmou que a legalização não é possível porque a maior parte dos associados da claque recusa-se a fornecer os dados de identificação à Liga Portuguesa de Futebol.
O presidente da claque, no entanto, não afasta a hipótese de uma legalização, mas nunca da forma que está estabelecida: «À partida haverá a legalização de uma associação, mas nunca a legalização da claque nos moldes em que nos pedem. Ainda não fizemos o depósito dos dados de identificação dos sócios à Liga de Clubes, porque a maioria não os quer fornecer. Somos contra a lei.»
Defendendo a posição de associado da Académica, Ruben Jorge afirmou, confiante, que vai continuar a apoiar a equipa: «Todos somos sócios do clube. Todos temos bilhetes de época e até temos cerca de 1200 lugares cativos no Estádio Cidade de Coimbra. Podem-nos tirar as faixas, o tambor e o megafone, mas não nos podem cortar a voz.»
O facto da claque não estar legalizada pode prejudicar o clube de Coimbra, que por apoiar a sua claque, pode vir a ser castigado. O presidente-adjunto do clube, Vasco Gervásio, comentou o facto da lei prever jogos à porta fechada se as claques assistirem aos jogos sem estarem legalizadas: «Eu penso que vai haver um consenso. Acho que o secretário de Estado (da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias) não vai assumir uma posição tão radical quanto à implementação dessa lei. O bom-senso há-de imperar.»
A Académica recebe esta sexta-feira o Sp. Braga, pelas 20.30 horas, no jogo inaugural da 15ª jornada da Liga Bwin.