No final de uma semana conturbada em Coimbra, devido aos protestos da claque Mancha Negra, na madrugada de terça-feira, após a derrota em Setúbal, importava perceber qual o sentimento de Domingos Paciência sobre o caso e em que medida poderá afectar a equipa, este domingo, em casa, frente ao Marítimo. O treinador da Académica acabou por dar menos importância ao incidente - incluiu faixas com insultos afixadas na academia do clube - do que ao tratamento mediático que teve.
«Quando as coisas não correm bem, é natural haver pessoas desapontadas, assim como há jogadores e treinadores frustrados a seguir a um jogo. Sabemos que quem ganha é levado em ombros, enquanto quem perde fica sujeito a críticas. Não descobriram a pólvora. Mas, às vezes, parece que há pessoas que gostam de minar», referiu Domingos Paciência, referindo-se aos jornalistas.
O técnico da Briosa garantiu que a reacção da Mancha «não foi agreste», mas antes «uma situação natural para qualquer adepto da Académica depois de duas derrotas consecutivas». Por isso mesmo, Domingos faz um apelo ao apoio à equipa no próximo jogo: «Acabar com a crise de resultado é o nosso objectivo. Para esquecer as derrotas, só nos resta ganhar no domingo. É um jogo importante e o caminho não é só a equipa que o faz. Tem de ser com todos: adeptos, Mancha Negra, todos são Académica. Temos de estar todos juntos com o mesmo objectivo.»