Belluschi

O mais esclarecido no dilúvio de Coimbra. Foi o primeiro jogador a perceber a impossibilidade de jogar a bola pela relva. Viu-se muitas vezes o argentino a levantá-la, como se de um jogador de futebol de praia se tratasse. Aos 23 minutos, tentou aproveitar uma saída de Peiser, ensaiando um chapéu, a 40 metros da baliza, mas o guardião francês conseguiu segurar. Foram dele os pormenores que mais sal trouxeram a um jogo tão «aguado».

Guarin

Foi dos jogadores que melhor souberam aproveitar as condições do relvado. É um poço de força e isso foi determinante. Foi raro vê-lo perder um lance, porque a força que impunha em cada lance era inigualável. Fez esquecer que Fernando não estava em campo.

Falcao

Esteve próximo do golo por diversas vezes, falhando em algumas ocasiões devido à condicionante do relvado e noutras por manifesta infelicidade. Não era um jogo para as suas características mas não deixou de assumir as despesas do ataque portista com a acutilância que lhe é reconhecida.

Hulk

Aquilo que se disse sobre Falcao pode, também, ser aplicado ao avançado brasileiro. Apesar da força que lhe é reconhecida, o facto de a bola prender no relvado dificultou-lhe, sobremaneira, as acções pois não podia tirar partido de toda a sua potência de arranque. Ainda assim, tentou remar contra a maré e quase conseguiu fazer o gosto o pé.

João Moutinho

Outro dos azarados da noite. Ainda não foi que desta que se estreou a marcar pelo F.C. Porto apesar de toda a fé e esperança que revelou de se estrear nesse capítulo em Coimbra. A ocasião era soberana, uma grande penalidade, mas, tal como já acontecera quando jogava de leão ao peito, tanto quis desviar a bola de Peiser que acabou por acertar em cheio no poste esquerdo da baliza do guarda-redes francês. Melhores dias virão.

Diogo Melo

Adaptado ao lugar de «trinco», na ausência de Nuno Coelho, sentiu-se como peixe na água e isso nada tem a ver com a chuva que caiu. O brasileiro mostrou ser uma mais-valia para um terreno pesado, tal a facilidade com que se adaptou, graças a um estilo atlético mas também esclarecido e prático. Esteve bem a servir os colegas mas também tentou visar a baliza, porém sem pontaria.

Diogo Valente

As condições do relvado não beneficiavam as características do seu futebol, mas o esquerdino não deu um lance por perdido. Muito lutador, ganhou inúmeras faltas em zona perigosa. Os seus cruzamentos não levaram o veneno habitual, e que tanto jeito teriam dado, nesta partida. Num terreno tão pesado, perdeu folgor na segunda parte. Saiu esgotado a quinze minutos do fim.