A vontade de ganhar ao Sporting, no domingo, e quebrar um jejum de 33 anos, já não é novidade entre as hostes da Académica, mas o central Luiz Nunes deixou mais um motivo para roubar os três pontos aos leões: prestar homenagem ao colega Bruno Amaro, que se lesionou gravemente e só deverá regressar aos relvados em Janeiro.
«Por ser em casa, temos o dever de ganhar e seria bonito fazer algo assim. O Bruno é um grande companheiro e bom profissional, merece todo o nosso apoio. O que aconteceu com ele foi uma fatalidade, trata-se de um jogador importante, mas confiamos naqueles que irão jogar», explicou o brasileiro, para quem a partida de domingo é «uma oportunidade de melhorar» o início de época titubeante (derrota em Braga e empate em casa com o Paços): «Não está a ser o começo que desejávamos. Depois da época passada e das expectativas de fazer melhor na actual, não é essa a pontuação exacta.»
O experiente defesa espera um Sporting ferido no orgulho e não vê vantagens para a Académica devido à pressão a que Paulo Bento poderá estar sujeito face aos maus resultados: «Vai ser difícil para nós, porque o adversário vem de vários jogos sem ganhar e acaba de ser eliminado da Liga dos Campeões. Quando se perde, o jogo seguinte é sempre o da revanche, por isso acho que não iremos tirar proveito da situação. A pressão sobre o treinador deles não nos preocupa, queremos pensar só em nós.»
Selecção motiva Liedson
Marcar Liedson, reconhece Luiz Nunes, já é uma árdua tarefa, agora, com a chamada à Selecção Nacional, a missão do central da Briosa fica ainda mais complicada. «Acho que ele deve estar bastante motivado. É um avançado muito difícil de acompanhar, pois tem muitas variantes de jogo e faz sempre algo diferente. É preciso concentração máxima para não o deixar escapar», analisou.
Por ser brasileiro, Luiz Nunes compreende as opções não só de Liedson, como de Deco e Pepe, que acabaram por não resistir à camisola das quinas: «Para eles, deve ser importante ser-se reconhecido noutro país e já que é difícil chegar à selecção brasileira, é natural que tenham tomado esta decisão.»