A figura: Marinho
O pequeno dos grandes momentos. Uma assistência para golo e uma bola ao ferro, mais umas quantas iniciativas e, quase no final, o aplauso, com muitos adeptos de pé: assim se resume a passagem do talentoso extremo pelo relvado do Cidade de Coimbra. Por tudo o que fez, merecia a vitória.
Outros destaques:
Salim Cissé
Há poucos meses era um simples miúdo fugido de África, perdido na quarta divisão italiana, à procura de um futuro melhor. Mas desde que começou a época na Académica, o avançado de 19 anos vê a sua cotação subir em flecha. «Roubou» a titularidade a um internacional, como Edinho, e faz por merece-lo. O golo que marcou esta quinta-feira, é digno de figurar nos mais exigentes compêndios de futebol. Foi mais do que um remate, foi um verdadeiro espetáculo, um daqueles momentos de levantar qualquer estádio.
Ricardo
Sem muito trabalho até ao último quarto-de-hora de jogo, o guarda-redes português foi fundamental num par de lances em que tudo parecia perdido. Elástico, atento, sereno, irritou os israelitas ao máximo. Só não pode fazer milagres e aquele cabeceamento de Damari era impossível de defender.
Ferreira e Ferreira, firma para o sucesso
Que jogo personalizado de Reiner Ferreira, sempre autoritário, sóbrio e agressivo quando foi preciso. Mas o que dizer do companheiro de lado, também Ferreira, o Flávio, jovem capitão desta equipa irredutível de Coimbra? Que dupla magnífica, quase perfeita, que defendeu com unhas e dentes a baliza de Ricardo, até ao golpe traiçoeiro de Damari.
Hélder Cabral
Outro jogador com uma exibição digna de todos os encómios. Um lince a subir pelo flanco esquerdo e um leão a fechá-lo a qualquer «inimigo». E aquele livre em arco que quase deu o segundo?
Apoula
Quando um guarda-redes merece destaque, está praticamente tudo dito. Camaronês naturalizado arménio, para ser internacional, o guardião do Hapoel foi o melhor elemento da formação israelita, com um punhado de grandes defesas.
Damari
Salvou a equipa da derrota.Goleador-mor dos israelitas, só o facto de se ter ressentido de uma lesão, aliado ao respeito inicial que o Hapoel concedeu à Académica, explicam a sua presença no banco. Quando entrou, tudo se transformou no ataque hebreus e, mesmo antes do golo, já tinha obrigado Ricardo a uma defesa monumental.