A Académica está a um passo de voltar a marcar presença numas meias-finais da Taça de Portugal, onde já não chega há quase 20 anos. Para isso, terá de eliminar o V. Setúbal, na próxima sexta-feira e, depois, tudo é possível. Chegar à final é, para os jogadores, a melhor recompensa para uma época que tem sido marcada por altos e baixos.

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«Chegar ao Jamor seria um sonho para todos nós. Sonhamos chegar à final e eu não fujo à regra. Se for este ano, ainda melhor. A equipa teve uma ligeira quebra e as vitórias não têm surgido. O trabalho tem sido bem desenvolvido e os jogadores têm correspondido da melhor forma. Tem-nos faltado um pouco de sorte. Cada jogo é um jogo e pensamos sempre em vencer. Temos de olhar para a frente», diz Hélder Cabral.

Os estudantes já venceram os sadinos esta época, em Novembro, para a Liga, mas o lateral-esquerdo não mistura as provas: «Esta é outra competição. Estamos concentrados em fazer história e penso que iremos conseguir o que queremos. Cada jogo é diferente e sabemos que o Setúbal está num bom momento mas temos condições para vencer. Encaramos este jogo como uma final. Estamos concentrados e mentalizados para vencer esta partida.»

Ainda no domínio dos sonhos, o esquerdino não esconde que lhe passa pela cabeça representar uma selecção. E até tem duas possibilidades: «Quem joga futebol sonha chegar à Selecção. Sonho com a Selecção Portuguesa e com Cabo Verde, pois os meus pais são cabo-verdianos. Mas isso pouco me importa de momento: estou focado na Académica.»

Em final de contrato com a Briosa, Hélder Cabral só esta época conseguiu jogar regularmente depois de ano e meio quase sempre como segunda opção. A nova condição deixa-o naturalmente satisfeito, e, nas entrelinhas, percebe-se que não lhe será difícil renovar pelos estudantes:

«O trajecto não tem sido fácil. Agora, encontrei o caminho certo e estou feliz. Tudo farei por este clube e ficaria aqui de corpo e alma para o ano. Não me sinto um titular indiscutível. Trabalho para o ser, claro¿ As escolhas são do treinador e eu respeito isso tudo. Quero estar presente no máximo de jogos possível mas sempre respeitando o meu colega e as decisões do treinador.»