Coimbra vai voltar a receber um jogo europeu 41 anos depois da última participação da Académica não provas da UEFA. A ocasião tem levado o clube a esmerar-se nos contatos com os adeptos, no sentido de os chamar ao estádio, especialmente os mais jovens.

Por estes dias, vários jogadores da Briosa têm percorrido estabelecimentos de ensino da cidade, distribuindo autógrafos e sorrisos, além de se sujeitarem ao escrutínio das perguntas dos mais pequenos ou até mesmo dos docentes.

Serge NGal, por exemplo, um dos atletas presentes na visita aos colégios São Teotónio e Rainha Santa, foi questionado pelo professor de educação física sobre a motivação da equipa, após o triunfo com o Marítimo, para o jogo desta quinta-feira, com o Hapoel. A resposta surgiu em tons de otimismo.

«Ganhámos na Madeira, o que foi bom para nós. Isso deixa-nos felizes e com vontade de dar sequência às vitórias. Queremos fazer um bom jogo, dar o máximo, e continuar a ganhar», respondeu o extremo camaronês, num português esforçado. Também Afonso, este à margem da sessão, aliou pela mesma bitola:

«Estamos muito motivados, esta vitória deu muito mais confiança ao grupo e, diante do Hapoel, convidamos todos os adeptos a apoiar-nos. Vai ser um jogo muito difícil, mas acredito que vamos estar muito determinados para conseguir um bom resultado, para ganhar moral e crescer nesta competição.»

Um elemento em comum ressalta porém - o desconhecimento do valor desta formação israelita, que, ainda assim, não altera o sentimento de confiança da equipa estudantil, na opinião do avançado brasileiro:

«Quando jogámos com os checos, também não os conhecíamos. A gente só vê vídeos, mas realmente não conhece. Israel... é a primeira vez que ouvi falar dessa equipa, nunca tinha conhecido, mas espero que estejamos preparados para não sermos surpreendidos dentro de casa.»