A Académica persegue o objectivo de chegar às meias-finais da Taça de Portugal, onde não marca presença desde 1983. Eliminar o V. Setúbal, esta sexta-feira, será, por isso, a prioridade dos estudantes para, então sim, pensarem em atingir outra marca histórica: a final do Jamor, onde estiveram pela última vez em 1969.
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Apesar da extrema motivação do adversário, cujas metas são idênticas, para além de deter galões na prova, José Guilherme encontra diversos factores a favor da Briosa e deixa um apelo aos adeptos:
«O facto de o jogo ser transmitido na televisão é extremamente positivo. A Académica não é um clube regional mas sim nacional e também é bom termos bilhetes acessíveis (cinco euros). Temos gente da Académica do Minho ao Algarve, com capas no baú, e queremos que as tragam para a rua. Era lindo, era fantástico, ter o estádio cheio de capas negras. Além disso, somos os primeiros a ganhar esta Taça.»
Satisfeito por fugir aos grandes no sorteio mas sem esconder as «características específicas» dos jogos da Taça de Portugal, que os tornam diferentes dos do Campeonato, o técnico reconhece no V. Setúbal um osso duro de roer:
«É um adversário que já conhecemos, extremamente experiente, com jogadores que têm muitos anos de Liga. Sabemos o que nos espera. Será um jogo difícil. Sabemos também que, face ao historial deles, vão fazer tudo para passar. Um dos objectivos do Vitória é chegar à final mas vão encontrar uma equipa que quer o mesmo. Por isso, será um jogo muito interessante e motivante. Um jogo de muita qualidade, em que ambas as equipas vão dar tudo para ganhar.»
Benfica como inspiração
O último encontro dos estudantes em casa, frente ao Benfica, irá servir de inspiração para esta decisiva partida: «É o que pretendemos para todos os jogos. É essa a postura que vamos tentar ter. Tentámos em Olhão, mas não conseguimos por diversas circunstâncias. Mas é esse o rumo: sermos uma equipa personalizada, que impõe a sua forma de jogar de modo a levar de vencida o adversário.»
Para atingir tal desiderato, José Guilherme conta com a força dos adeptos, a começar pela claque Mancha Negra, que passou expressamente pelo treino desta quarta-feira para incentivar a equipa: «Gostaria de lhes agradecer o apoio. É sempre importante sentirmos o suporte de todos os que nos rodeiam. É um sonho estarmos na final para eles mas para nós também o é. Por isso, vamos fazer tudo para que isso se concretize.»
Á margem do jogo, o técnico falou ainda do mercado, que trouxe apenas Adrien Silva para Coimbra e levou Amessan, por empréstimo, para a Covilhã. «O plantel, neste momento, está fechado. Agora, até dia 31, pode haver algum jogador que tenha de sair por algum motivo e consoante isso, teremos de o reestruturar ou não. Temos soluções quer através de jogadores do plantel, quer do clube satélite. Cada caso é um caso. Neste momento, não temos esse problema. Estou satisfeito com o plantel.»
Uma nota final para a preparação do jogo desta sexta-feira, que já contou com Júnior Paraíba. Desta forma, mantêm-se afastados da partida Orlando e Amoreirinha, enquanto Miguel Fidalgo e Carreño continuam a fazer treino condicionado.
Taça Portugal
26 jan 2011, 14:21
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