Ganhar. Não há outra volta a dar. Por mais questões que possam ter surgido, as respostas de José Guilherme foram quase todas desaguar na necessidade de a Académica vencer, este domingo, em Coimbra, o Rio Ave. A obstinação compreende-se: a equipa não ganha há sete jogos para o Campeonato (desde 26 de Novembro), vem de uma derrota dolorosa diante do então último classificado, ainda por cima rival dos estudantes (a Naval), e está na hora de dizer basta.
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«É um jogo muito importante, porque temos de vencer, é diante de um adversário directo e que está a apenas 3 pontos. Tudo faremos para vencer. O único resultado que nos serve é a vitória. A equipa está dorida, triste, porque não contava perder por 3-1, mas somos nós que temos de resolver este problema. O grupo está sentido mas com um espírito muito forte de tentar alterar esta situação. Os jogadores estão com grande vontade que se inicie o jogo», revela o técnico dos estudantes, à procura do tal «click» que falta aos estudantes.
O treinador da Briosa admite que há uma pressão suplementar em torno da equipa mas aceita-a com naturalidade: «É lógico que sim mas é a realidade. Nós, no futebol, temos de viver com isto. Não é situação virgem, acontece com certa periodicidade. Há períodos assim, há períodos melhores. Estamos num que não é muito positivo, face à derrota com a Naval, que mexeu um pouco connosco, no sentido de darmos a volta, porque ganhando tudo muda, ficamos com um alento diferente.»
José Guilherme admite que os resultados não têm aparecido por algum infortúnio, já que a equipa tem feito boas exibições, e desvalorizou a ida ao balneário do presidente após o último encontro, dizendo tratar-se de uma situação habitual. Esclareceu ainda que Nuno Coelho não estará em condições de defrontar os vila-condenses.
«Pape Sow? Não é um jogador que perde um jogo»
A recente votação do site do clube, durante a qual os adeptos elegeram Pape Sow como o melhor frente à Naval, mesmo tendo cometido grande penalidade e sido expulso aos 20 minutos, também mereceu um comentário de José Guilherme: «Não é um jogador que perde um jogo, mas sim uma equipa. Fomos nós, equipa da Académica, e somos nós que temos de assumir esses erros, não é por um atleta que se perdem ou ganham jogos.»
O técnico revelou ainda «preocupação» pela quantidade de encontros em que a equipa fica a jogar com 10 elementos, prometendo tentar evitar que volte a acontecer, e desvalorizou ainda o facto de Diogo Melo ser o jogador mais faltas da Liga. «São acontecimentos. É o mais faltoso, se calhar, porque joga sempre e ao jogar tanto, comete algumas faltas. Mas quem está a seguir na lista, joga menos tempo. Apesar de tudo, ele não tem muitos cartões. Não é preocupante.»
A terminar, deixou uma mensagem aos adeptos: «Que nos apoiem como o fizeram em certos momentos que precisámos. Em certos jogos, quanto estivemos menos bem, deram-nos esse alento para conseguirmos inverter a situação. Nos últimos em casa, fomos bastante acarinhados pelo público e só lhes peço que continuem a fazê-lo.»