José Guilherme vai sentar-se no banco como treinador principal na Liga neste domingo, diante do Paços de Ferreira. O novo técnico da Académica não esconde o desejo de ir rapidamente para o jogo e sente-se preparado para a luta, apostando na base deixada por Jorge Costa mas já com algumas ideias da sua autoria.

Registe-se e comente em tempo real no Maisfutebol!

«Podem esperar essencialmente continuidade. Se, ao fim de quase uma primeira volta, a Académica tem 18 pontos e está em nono, isso quer dizer que fez um percurso de qualidade até agora. Se há seis meses de trabalho feito não posso fazer uma revolução em 10 dias. Seria até estranho», confessa o antigo adjunto de Carlos Queiroz na Selecção.

Quanto às expectativas para o primeiro jogo, não podiam ser melhores: «Espero uma estreia positiva, com uma vitória, um jogo agradável e de qualidade da nossa parte. Ansioso, não estou, mas tenho uma certa vontade que o jogo comece logo. É uma estreia, como treinador principal da I Divisão e, por isso, há sempre essa vontade.»

Na mesma linha de raciocínio, o técnico reconheceu que poderá estar sujeito a um grande nível de exigência e a alguma desconfiança, mas está preparado: «Se quero ser treinador, as fasquias têm de ser altas, senão não consigo evoluir. Está alta neste caso mas muito mais alta foi colocada por mim. Não trabalho para níveis medianos ou baixos. As minhas aspirações são sempre dentro da minha realidade mas sempre com fasquias elevadas. Quando estamos envolvidos em alguma coisa, não somos bons se não morrermos pelo que fazemos. Eu quero morrer pelo que faço, tal como os jogadores, porque quero ser bom.»

A Académica vai ter três jogos em casa durante o mês de Janeiro mas José Guilherme lamenta o calendário apertado, que deixará pouca margem de recuperação para os jogadores. Este será também o mês para reajustes no plantel, que o técnico admite não ter ainda definidos. Para já, está satisfeito com o que tem: «As primeiras impressões são muito positivas. Os jogadores têm sido fantásticos, acolheram-me bastante bem e vão ao encontro do que são as minhas exigências ao nível do treino. Quero que trabalhem de forma empenhada e concentrada e é isso que tenho visto.»

Sobre o adversário de domingo, diz estar a protagonizar uma excelente campanha e apesar de ter perdido (0-3) com o F.C. Porto, «vendeu cara a derrota». As baixas é que vão ser muitas para essa partida, uma vez que Orlando, Amoreirinha, Paulo Grilo e, mais recentemente, também Nuno Coelho, não poderão jogar devido a problemas físicos.