O Nacional igualou o Estoril no quarto lugar da classificação depois do empate averbado esta sexta-feira, em Coimbra, na abertura da 20ª jornada da Liga. Os insulares somaram o 12º jogo consecutivo sem perder, desde que foram derrotados, no final de Outubro, na Luz.

A subida dos madeirenses é, consequentemente, provisória, carecendo de confirmação até ao encontro dos «canarinhos», no próximo domingo, no… Dragão. Pelo menos para já, são animadoras as perspetivas para os comandados de Manuel Machado.

Num terreno onde os nacionalistas não venceram nos últimos sete anos, valeu a filosofia machadiana de que é melhor agarrar um ponto do que ver três a voar. Com isso, a equipa colocou-se a salvo de uma eventual «anormalidade» na visita do V. Guimarães à Luz, sabendo que não será alcançada pelos minhotos.

Recorde o AO MINUTO do jogo

A ideia de Sérgio Conceição, que cumpriu o segundo de três jogos fora do banco, também não é muito diferente. E a Briosa lá ficou com 24 pontos, quase a «beijar» a barreira psicológica que permite começar a pensar na manutenção.

Pelo meio, houve um jogo, que meteu mais luta que técnica e também polémica. Já lá iremos. A Académica esperou até ver se devia pegar no encontro e acabou por fazê-lo quando percebeu que o Nacional, sem surpresas, não estava interessado em assumir as despesas.

Marcos Paulo, muito ativo, deu os primeiros avisos, mas foi Moussa o primeiro a testar os reflexos de Gottardi. O guarda-redes voltou a evidenciar-se logo a seguir, numa tentativa de chapéu justamente do camisola 21 da Briosa, mas ficou-se praticamente por ai o perigo criado pelos donos da casa na primeira parte.

Melhor não fez o Nacional que, exceção feita a um remate potente de Djaniny, que Ricardo segurou a dois tempos, mais não conseguiu do que um par de remates rechaçados pela defesa conimbricense. Pouca ambição para um candidato à Europa…

Confira a FICHA e as NOTAS dos jogadores

Manuel Machado viu-se privado de Djaniny logo no dealbar da segunda parte, provavelmente ressentido do problema que o obrigou a sair do campo para ser assistido ainda no primeiro tempo. Entrou Rondón, jogador de características completamente diferentes, e assim o ataque insular passou a ser muito mais móvel.

Por esta altura, a Académica apertava um pouco o ritmo de jogo e Gottardi voltava a brilhar entre os postes ai defender um tiro de Salvador Agra, que parecia fadado a entrar pelo buraco da agulha.

Foi então que chegou o caso do jogo. Livre para a Académica, bola para a área, Rondón corta para a boca da baliza, onde surge Moussa a atirar para o fundo das redes. O golo é anulado, mas a decisão deixa muitas dúvidas, porque a lei do fora de jogo foi alterada a partir de 1 de Julho do ano passado e agora estas situações são muito mais difíceis de analisar.

Prosseguiu o jogo, debaixo de um coro de assobios, e aproveitou o Nacional para se aproximar do golo, mas Ricardo negou-o a Diego Barcellos. Curiosamente, após o lance polémico os insulares ficaram mais confortáveis no jogo e passaram a esticar mais o jogo.

Não houve golos e, com o aproximar do final do jogo, os madeirenses tornaram-se cada vez mais pragmáticos, fiéis ao seu líder. Mais vale um ponto…