O presidente da Naval, Aprígio Santos, respondeu às críticas lançadas pelos dirigentes da Académica, que acusaram os responsáveis figueirenses de terem uma atitude «deselegante» e «pouco cordial», perante os seus pedidos de mudança da data do encontro da próxima jornada, devido à Queima das Fitas. «Na vertente das deselegâncias, tenho tido bons professores», afirmou, deixando a ideia de que a reacção, ou falta de resposta aos apelos da Briosa, estará relacionada com uma situação que se passou na primeira ronda da Bwin Liga.
Santos apontou que os estudantes devem «andar distraídos»: «No último domingo, Naval e Académica tiveram desfechos que garantiram, desde logo, a permanência. Se a Académica pretendesse alguma coisa da Naval, decerto que o seu presidente poderia ter-me telefonado e conversado comigo, mas não o fez.»
O dirigente do clube figueirense explicou que o treinador Ulisses Morais comunicou-lhe, após o jogo com o Boavista, que queria dar dois dias de folga ao plantel. Uma situação que Aprígio Santos aceitou de pronto: «Entretanto, na segunda-feira da parte da tarde, via fax, recebemos um pedido de antecipação do jogo por parte da Académica. Nestas circunstâncias, que tipo de resposta é que poderíamos dar?»
Aprígio Santos disse que não quer inflamar o ambiente à volta do jogo de domingo, mas mostrou não ter esquecido um episódio ocorrido na primeira volta do campeonato. O presidente contou que convidou a direcção da Académica para um lanche antes do jogo, mas que «ninguém apareceu» ou deu resposta ao convite: «Compreendemos o nervosismo do senhor, mas não compreendemos a deselegância da Direcção da Académica, que, pelo menos, nos ficou a dever um pedido de desculpas nunca feito.»