O último Académica-F.C. Porto deu que falar devido às invulgares condições atmosféricas em que foi disputado, debaixo de chuva intensa, e da forma como estas afectaram o relvado do Estádio Cidade de Coimbra. A Briosa volta a jogar nesse mesmo palco na próxima quarta-feira, diante do Arouca, para a Taça da Liga, e, no sábado seguinte, frente ao Sporting.

Sem se saber, ainda, qual o tempo que teremos por essa altura, tornava-se pertinente perceber o que espera Jorge Costa dos próximos dois encontros em casa ao nível do estado do terreno. E o mínimo que se pode dizer é que o treinador dos estudantes não perde o sono a pensar neste assunto.

«Foi um dia complicado, mas se foi o primeiro teste do novo relvado, podemos dizer que se portou bem porque não levantou. Os especialistas na matéria já viram o problema, estão a solucioná-lo e não tenho dúvidas de que aguentará bem os dois jogos, desde que não chova como na última sexta-feira e sábado. Estão a ser feitos todos os esforços para termos boas condições», afirmou o técnico, à margem da conferência de antevisão do jogo com o Portimonense.

Disputar dois jogos separados por pouco mais de 72 horas é algo que não agrada ao treinador apesar de não se lhe ouvirem críticas: «Calha a todos. Aliás, vamos defrontar uma equipa [Sporting] que já se queixou disso. Enquanto treinador, tenho é de preparar a equipa para estar bem em todos o jogos. Agora, se me perguntarem se gostava de poder fazer microciclos normais e dar recuperação aos atleas, claro que sim. No entanto, não deixa de ser um desafio para mim e os jogadores têm de se habituar porque o futuro passa cada vez mais por ai.»

Mais pontos para pensar noutros voos

Sobre o jogo de sábado, no Algarve, Jorge Costa perspectiva um bom espectáculo de futebol e quer ganhar para superar a última derrota, diante do F.C. Porto: «Estou convencido de que vai ser um encontro aberto. O Portimonense gosta de jogar, precisa de arriscar um pouco para conseguir os três pontos, e nós temos de tentar estar concentrados em termos defensivos e agressivos em termos ofensivos, procurando fazer a nossa obrigação. Estamos bem, ansiosos pelo jogo, e sabemos que não vai ser fácil. Vamos defrontar uma equipa organizada, com jogadores jovens e irreverentes. Não está nos lugares onde se calhar merecia, e, por isso, precisa de pontos.»

O técnico recusa-se a dar mais importância a este jogo, apesar de surgir entre encontros com dois candidatos ao título, e garante não haver, por isso, maior necessidade de pontuar: «Mesmo depois da derrota com o F.C. Porto, estamos numa posição tranquila mas sabemos que há um conjunto de equipas próximas de nós e tudo dependerá do que podermos fazer para a frente. Queremos somar pontos, o mais rápido possível, para podermos encarar o resto da época com mais tranquilidade, ou, se calhar, pensar noutros objectivos. Independentemente de a seguir jogarmos com o Sporting, queremos ganhar. Primeiro, vamos pensar nos três pontos e só depois pensaremos no Arouca e no Sporting. Neste momento, a minha única preocupação é o Portimonense.»

Addy forçado a deixar treino mais cedo

Num treino que não contou com Diogo Gomes, à espera de ser operado ao menisco, nem Bischoff, devido a uma entorse no tornozelo direito, aconteceu ainda outro caso, quando uma entrada de Pape Sow obrigou David Addy a ter de sair do relvado, bastante combalido.

O lateral ganês sofreu uma pancada na perna direita, tendo aplicado gelo na zona afectada, mas só mais tarde será conhecida, em maior detalhe, a gravidade da lesão.