O presidente da Académica mostrou-se confiante numa rápida resolução da situação do avançado José Luis Garcés que, a despeito de ter mais dois anos de contrato, decidiu abandonar o clube em Dezembro passado, mantendo-se em competição apenas ao serviço da selecção do Panamá.
José Eduardo Simões falava à margem da assembleia geral de sexta-feira, para aprovação do orçamento da próxima época, e aproveitou para fazer uma actualização do assunto, a pedido de um sócio. «Está-se a tentar transaccionar o passe porque não há muitas alternativas. Se ele viesse cá, ser-lhe-ia aberto o processo disciplinar e, provavelmente, acabaria despedido com justa causa. Mas nem isso ele fez», desvendou.
O dirigente garantiu ainda que, durante estes sete meses de ausência, «os salários têm-lhe sido creditados mas o jogador tem de cá vir para os receber», assegurando também que, caso a Académica decida fazer queixa na FIFA, Garcés «ficará dois anos sem jogar ou terá de ressarcir o clube.»
O presidente da Briosa acredita, ainda assim, que será encontrada uma solução «talvez mais rapidamente do que muita gente imagina».
A pedido do mesmo associado, José Eduardo Simões esclareceu, por fim, que o valor pago por metade dos direitos desportivos do atleta foi «menos de metade» dos 350 mil euros referidos na comunicação social. O montante, tal como o Maisfutebol tem vindo a referir, rondará, por conseguinte, cerca de 150 mil euros.
Indiferente à polémica, José Luis Garcés joga na próxima madrugada pelo Panamá, frente aos Estados Unidos, nos quartos-de-final da Gold Cup, uma competição organizada pela CONCACAF, cujo vencedor tem entrada na Taça das Confederações.