A Académica terminou a época com um derradeiro treino seguido da já tradicional visita à Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC), na Quinta da Conraria, nos arredores da cidade.

A sessão de trabalho, em ritmo descontraído, não contou o guarda-redes Ricardo, sujeito na última terça-feira a uma cirurgia abdominal, nem com Nuno Coelho, ao serviço dos sub-23, nem com Addy, que já foi autorizado a regressar ao Porto.

Além destes, Éder, Bischoff, Laionel, Sissoko, Diogo Gomes, Amoreirinha, Orlando e Adrien prosseguiram a recuperação das respectivas lesões. Depois do treino, o plantel, equipa técnica e dirigentes rumaram então à APCC, onde se disputou um jogo entre alguns atletas da Briosa e uma equipa da associação. O resultado foi o que menos interessou, seguindo-se o almoço-convívio que serviu para encerrar a temporada.

Esperava-se que Ulisses Morais pudesse comentar a saída da Académica - o clube não irá accionar a cláusula de opção -, mas o técnico preferiu remeter declarações para mais tarde, possivelmente ainda esta quarta-feira.

Jogadores esperavam mais da época

Em tempo de balanço, Paulo Grilo, o mais jovem elemento do plantel, que se estreou na parte final do campeonato, acredita ter feito um bom trabalho mas aposta na próxima temporada para se impor, em definitivo, na equipa.

«Tentei corresponder e penso ter estado bem. Vamos ver como corre para o ano. Penso que tive uma boa época estreia para conseguir afirmar-me de vez na próxima temporada. Conto ir a Toulon e ao Mundial de sub-20. É esse o meu objectivo. Vamos ver como corre», referiu o jovem esquerdino falando ainda da incerteza em termos de futuro próximo, devido às eleições de dia 7 de Junho, e da saída de Ulisses Morais.

«É a ele que devo ter-me lançado e, naturalmente, gostava que ficasse, mas são coisas do futebol. Eleições? Estamos tranquilos. Os sócios vão votar em quem entenderem melhor. Mais um treinador? Já tivemos três esta época. Será mais um. Só temos de preocupar-nos em fazer o nosso trabalho, que é jogar», assegurou.

Por seu turno, Hugo Morais falou em «objectivos mínimos alcançados» mas não escondeu alguma frustração: «Não era isto que queríamos [14º lugar], mas antes chegar mais alto, atingir outras metas. Houve vários detalhes negativos, como termos tido três treinadores. O grupo também acusou a saída de Jorge Costa.»

Sair? Só sei que fui observado. Mas tenho mais dois anos de contrato e o meu futuro passa pela Académica. Foi o clube onde me formei, como jogador e homem, e é só nele que estou concentrado», referiu.