A Académica tem no jogo do próximo domingo, nos Barreiros, uma espécie de «match point» em relação à manutenção. Uma vitória garante automaticamente o direito da equipa em disputar a Liga na próxima época, mas Ulisses Morais, como é seu apanágio, retirar toda a pressão da partida.
«O carácter decisivo não se põe, porque encaramos todos os jogos como importantes e com grau de decisão elevado. Olhamos para este da mesma maneira. Não tem esse carácter nem queremos que seja um estigma que pese nos jogadores, por forma a podermos executar o nosso trabalho de forma mais saudável», assegurou, esta sexta-feira, no lançamento do encontro.
A pesada derrota (1-5) sofrida na primeira volta, ainda sob vigência de Jorge Costa, também veio à baila e, no mesmo tom, o treinador da Briosa rejeitou qualquer sentimento de desforra: «Vi essa partida pela televisão e já a revi, na observação do adversário. A nossa postura não é essa, de olhar para um jogo como sinal de revolta.»
Os insulares irão, ainda assim, ser alvo de alguns cuidados especiais: «O Marítimo tem características que têm a ver com a técnica individual dos jogadores, que são rápidos, utilizam bem a bola nos espaços mortos, em transições bem orientadas e que podem desequilibrar uma equipa se não perceber contra quem está a jogar. O que transmiti ao grupo não foi diferente mas essas características chamam a atenção.»
A conquista da meta proposta quando, há pouco mais de dois meses, sucedeu a José Guilherme no comando dos estudantes, está cada vez mais próxima e Ulisses Morais faz um balanço positivo: «Quando cheguei, perguntaram-me se podia garantir a manutenção da Académica e eu considerei, naquela altura, com 10 jornadas pela frente, ser uma resposta para um milhão, mas apostei. Só não disse foi o tempo que seria preciso para o atingir.Estou perfeitamente dentro do prazo para ganhar esse milhão...»
Marítimo
29 abr 2011, 13:02
Académica: Ulisses Morais quer evitar estigmas diante do Marítimo
Técnico rejeita sentimento da revolta pela goleada sofrida na primeira volta
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