O V. Guimarães vai dobrar a primeira metade do campeonato no sexto lugar, por troca com a Académica, a quem bateu, em Coimbra, este domingo, onde já não ganhava desde 2005. Os minhotos obtiveram a quinta vitória dos últimos sete jogos (somaram ainda um empate e apenas um derrota, na Marinha Grande), e, parece mentira, estavam no último lugar da tabela quando deram início a essa sequência.



Com 69 horas e 45 minutos a separar o início do jogo com a Oliveirenses, para a Taça de Portugal, na última quinta-feira, e o deste domingo, os estudantes deram prova de estarem a precisar, urgentemente, de reforços. O plantel tem actualmente apenas 19 jogadores de campo e quando se está envolvido em duas frentes como é o caso, não há milagres.

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Para cúmulo, a equipa viu-se na contingência de ter de jogar a partir dos 15 minutos de jogo com dois centrais adaptados e o cansaço fez o resto. E, além de Orlando, outros jogadores vinham de lesões, casos de Diogo Melo ou Hélder Cabral.

Orlando lesiona-se no dia do regresso

A primeira nota do jogo vai, praticamente, para o infortúnio de Orlando. O capitão dos estudantes estava de regresso aos relvados 13 meses depois de se ter lesionado e, 15 minutos depois de ter voltado a jogar, sofreu nova mazela, sendo obrigado a abandonar o terreno de jogo em maca.

A equipa acusou, naturalmente, o revés, mas soube recompor-se, apostando no recuo de Flávio e na entrada de Diogo Melo. Num ápice, começou a encostar o adversário às cordas. Nilson teve, inclusive, de fazer uma grande defesa para evitar o chapéu de Cédric e esta nem era a primeira vez que a Briosa «cheirava» o golo.

O jogo estava, assim, a pender claramente para os da casa quando, num contra-ataque, os minhotos passaram das intenções aos actos e abriram o marcador por intermédio de Nuno Assis. Soava a injustiça mas também a castigo para os da casa, por nunca terem conseguido antídoto para a contra-ofensiva vimaranense.

A segunda parte foi bem menos movimentada e resume-se ao esforço de uma equipa, naturalmente desgastada, para recuperar no marcador e à estratégia da outra, mais serena e fresca, a defender a vantagem, sem descorar a possibilidade de sentenciar a partida, aproveitando a maior abundância de espaços.

Éder, que teve uma oportunidade «do outro mundo» nos pés mas atirou ao lado, personificou na perfeição aquilo que faltou aos da casa e sobrou aos forasteiros: eficácia. E Anderson nem tinha necessidade de o provar, à saciedade, logo a seguir. Está tudo dito.