O vice-presidente da Académica para a área dos equipamentos e instalações, João Paulo Fernandes, admitiu que o seu camarada auto-suspenso de Direcção, Luís Godinho, «usurpou funções» e cometeu um «acto menos reflectido» que esteve na origem do chamado «caso Dame».
Em declarações ao «Diário de Coimbra», o dirigente reconheceu que esteve à beira de apresentar a sua demissão na reunião da passada segunda-feira, já que este caso foi para si «como a gota que faz transbordar o copo», mas recuou nos seus intentos devido a um motivo muito forte, relacionado com uma outra área pela qual é também responsável: «Não me demiti ainda porque os meus colegas do futsal abandonam se eu sair. Os meus colegas de secção, treinadores e jogadores merecem por mim toda a consideração». João Paulo Fernandes não escondeu que tem vontade de sair, mas está a «ponderar fazer um esforço para ficar até final da época.»
Sobre o episódio denunciado por Dame, o antigo líder da claque Mancha Negra
considerou, todavia, que ficou convencido com as explicações de Luís Godinho: «O meu colega de Direcção esclareceu toda a situação e não houve da parte dele uma tentativa de burlar o Dame. Houve, sim, um acto menos reflectido e um processo burocrático que devia ter sido tratado pela secretaria da Académica. É certo que ele usurpou um pouco as suas funções, mas tudo não passou de um mal entendido.»
Noutro âmbito, o vice-presidente academista deu a sua opinião sobre a altura em que deverão decorrer as próximas eleições, já que a interpretação dos estatutos do clube oferece algumas dúvidas: «Entendo que o acto eleitoral é em Abril e essa é a minha luta. O mandato desta direcção termina em Abril.» Já o presidente dos «estudantes», José Eduardo Simões, tem um entendimento diferente sobre esta matéria, considerando que o seu exercício termina apenas no próximo mês de Dezembro¿