Foi já perto do final dos três minutos de compensação do encontro entre Académica e Arouca que o caldo entornou no Cidade de Coimbra. Após ressalto de bola em Leandro Silva, Gonçalo Paciência atirou para o fundo das redes, num remate fantástico comemorado por todo o estádio como o golo da vitória. 

A questão é que o golo acabou anulado pelo árbitro assistente, isto já depois dos festejos do avançado, equipa e de todo o estádio. A reação à anulação do golo foi vibrante: os jogadores protestaram, o banco da Académica invadiu o relvado, no meio da confusão, Marinho, que não chegou a entrar no jogo, acabou expulso e João Capela acabou envolvido num turbilhão de empurrões e alguma agitação com os elementos do banco academista. 

O assistente responsável pela anulação do golo viveu também momentos difíceis, com os adeptos da casa a precipitarem-se para o gradeamento que separa a bancada da pista e atirarem inclusivamente algumas cadeiras na direção do árbitro, que teve de fugir para o relvado. 

No meio de toda esta a agitação, a situação acabou por ser bem controlada e não houve mais qualquer reação do público até final, mais para lá dos habituais apupos. 

Na conferência de imprensa, Lito Vidigal disse «não ter garantias» se estava ou não fora de jogo, enquanto Filipe Gouveia, treinador da Académica e o autor do golo, Gonçalo Paciência, desvalorizaram a situação. «Foi um lance muito rápido e não tive oportunidade ainda de ver as imagens», garantiu o avançado academista.