O Ministério do Trabalho brasileiro adiantou que o condutor do guindaste que caiu no estádio do Corinthians, em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, trabalhou 18 dias sem folga antes do acidente.

«Devido à rapidez da obra, todo dia aqui tem duas horas extras. Estava conversando com a Odebrecht no sentido da gente dar uma limitada nisso. É legal fazer duas horas extras por dia, mas soube agora que o mecânico do guindaste estava há 18 dias sem nenhum descanso. Então, nós vamos limitar onde houver perigo, onde o cidadão é quase um piloto, tem que estar tranquilo», considerou o superintendente regional do Ministério do Trabalho, Luís António Medeiros.

A Odebrecht, construtora responsável pela obra, não se pronunciou sobre a carga horária dos trabalhadores.

Quanto às causas do acidente, elas ainda não foram apuradas. «Nós não sabemos a causa do acidente. Nós só achamos que tem que limitar o trabalho desses operários nesses lugares estratégicos. As causas do acidente têm que ser analisadas. Isso é uma das vertentes. O que nós queremos é que essas pessoas trabalhem com folga, com tranquilidade», disse Medeiros.