O presidente da Mesa da Assembleia Geral da Liga solicitou, esta quarta, ao Conselho de Justiça da FPF que aclare se o novo ato eleitoral deve ser aberto a novas candidaturas ou circunscrito às que concorreram ao anterior.

De acordo com a agência Lusa, Carlos Deus Pereira enviou hoje o pedido de aclaração ao presidente do Conselho de Justiça (CJ) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Manuel dos Santos Serra, na sequência do requerimento executivo apresentado pelo Nacional a este órgão jurisdicional da FPF para que fosse marcado novo ato eleitoral, em cumprimento da determinação do acórdão do CJ de 29 julho de 2014.

Nesse acórdão, o CJ anulou o ato eleitoral realizado a 11 de junho de 2014, que reconduziu o presidente da Liga, Mário Figueiredo, no cargo, e determinou a repetição das eleições para a Direção e restantes órgãos da Liga, às quais só este concorrera depois da rejeição das candidaturas apresentadas por Fernando Seara e Rui Alves.

No entendimento do presidente da AG da Liga, o acórdão proferido pelo CJ não esclarece, anulado que foi o ato eleitoral, se deve ou não admitir novas candidaturas num novo sufrágio.

Na carta enviada ao presidente do CJ, Carlos Pereira começa por esclarecer que é e sempre foi sua intenção cumprir e fazer cumprir o decidido por aquele órgão jurisdicional da FPF e que só não o fez por considerar não ser prudente a marcação de eleições, em face da providência cautelar interposta por Mário Figueiredo no Tribunal Administrativo de Lisboa.

Carlos Pereira baseia mesmo esse critério de prudência que usou nas declarações proferidas pelo presidente do CJ, Manuel dos Santos Serra, em declarações ao sítio da FPF, a 20 de agosto último, na qual este referiu que o momento para a realização das novas eleições “compete ao presidente da AG da Liga de Clubes no seu prudente critério”.

Conhecida a rejeição pelo Tribunal Administrativo de Lisboa à aludida providência cautelar interposta por Mário Figueiredo contra a indicação do CJ da FPF para a repetição das eleições para a presidência da Liga de clubes, Carlos Pereira considera acertado o «timing» para a convocatória do ato eleitoral, mas antes de o fazer solicitou hoje a Manuel dos Santos Serra o esclarecimento das dúvidas.

No seu entender, o acórdão proferido pelo CJ suscita dúvidas em relação à admissão ou não de novas candidaturas às eleições para o quadriénio 2014/19, ou se a estas podem unicamente concorrer as que se tinham apresentado ao ato eleitoral de 6 de junho deste ano.