Adriano foi a grande referência ofensiva do F.C. Porto ao longo da segunda volta da Liga 2005/06. Emprestado pelo Cruzeiro, o avançado conquistou a admiração de Co Adriaanse, que lhe entregou a missão de traduzir em golos o caudal atacante dos dragões. O ponta-de-lança brasileiro resistiu às mutações no sector, durante o defeso, foi contratado a título definitivo e continua a ser a primeira escolha, com Jesualdo Ferreira.
O plantel portista procura agora adaptar-se a um novo sistema e Adriano, apesar de reconhecer as vantagens da táctica de Adriaanse no plano ofensivo, lança um apelo à tranquilidade do grupo, por forma a captar da melhor forma as indicações no novo treinador. «No outro sistema, tínhamos dois pontas-de-lança. Se o adversário tivesse dois centrais, era obrigado a fazer recuar um médio e isso abria mais espaços para o nosso meio-campo. Mas precisámos de tempo para melhorarmos este, que é um sistema que já não trabalhávamos há muito tempo. Precisamos de tranquilidade e de uma sequência de jogos para nos adaptarmos e as coisas saírem naturalmente», explicou.
Adriano, que não conseguiu concretizar uma série de boas oportunidades de golo frente ao CSKA de Moscovo (0-0), reconhece que a ansiedade tende a apoderar-se dos jogadores, no relvado, quanto estes tentar cumprir de forma exemplar as orientações de Jesualdo Ferreira: «Todo o processo de mudança leva o seu tempo. Estamos a tentar colher todas as informações que o treinador passa. Aliás, essa vontade, de querermos fazer tudo o que ele quer, de forma perfeita, às vezes, acaba por complicar. Até pecámos um pouco por isso, porque ficamos parados num lado e isso facilita a marcação adversária.»
«O processo vai melhorando com os jogos. Hoje já foi bem melhor, a equipa já movimentou bem a bola de um lado para o outro para abrir espaço, mas com um pouco mais de movimentação podemos abrir mais espaços. Mas uma equipa com três defesas é sempre difícil, porque um marca e sobram dois. Tivemos oportunidades, mas a bola não entrou», concluiu o ponta-de-lança brasileiro, referindo-se ao empate na 1ª jornada do Grupo G da Liga dos Campeões.