Rui Patrício, advogado do Sporting, desvalorizou as declarações que José Veiga fez este domingo, numa entrevista à SIC, em que acusou o clube de Alvalade de ter fugido aos impostos quando realizou «um contrato paralelo» com João Pinto em 2000. O advogado defende que o antigo dirigente do Benfica não disse nada de novo e falou apenas em «fait-divers» à volta da questão central que considera ser o destino que o Sporting pagou à Goodstone.
«É uma ideia interessante, mas que não tem o mínimo fundamento. Isso já tinha sido insinuado pelo João Pinto e, hoje, não percebi se José Veiga se estava a defender a ele próprio ou ao João Pinto, fiquei baralhado», começou por destacar, manifestando-se desiludido com o conteúdo da entrevista. «Cheguei a pensar que ia revelar o terceiro segredo de Fátima», acrescentou com alguma ironia.
Rui Patrício desvaloriza as acusações de Veiga, diz que não fazem sentido e nega que o Sporting tenha procurado qualquer benefício fiscal com a realização de dois contratos. «Na qualidade de advogado do Sporting só tenho de repudiar estas afirmações. José Veiga não veio dizer nada que já não tivesse insinuado, aliás, já apresentou várias versões sobre os mesmos factos e a mim cabe-me repudiar estas insinuações que não têm qualquer razão de ser e nem sequer têm lógica», insistiu.
Para o advogado dos verdes-e-brancos, «a questão central do processo é o destino do dinheiro que o Sporting pagou à Goddstone» e tudo o resto são fait-divers, questões secundárias que devem estar na reserva do processo.