75 jogadoras e atletas afegãs, bem como alguns elementos da família, foram esta terça-feira retiradas do país e levadas para a Austrália.

As jogadoras que ainda viviam no país temiam represálias por parte do regime talibã, que conquistou Cabul no dia 15 de agosto, culminando uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO.

Em comunicado, o Sindicato dos Jogadores (FIFpro) agradeceu a ajuda. «Somos gratos ao governo australiano por evacuar um grande número de futebolistas e atletas do Afeganistão. Estas jovens, tanto como atletas, quanto como ativistas, estiveram em perigo e, em nome das jogadoras de todo o mundo, agradecemos à comunidade internacional por ter vindo em seu auxílio.»

«Ainda há muito trabalho a ser feito para apoiar e acomodar estas jovens e instamos a comunidade internacional a garantir que recebam toda a ajuda de que precisam. Também há muitos atletas ainda em risco no Afeganistão e todos os esforços devem ser feitos para oferecer-lhes apoio», diz ainda a nota.

Khalida Popal, ex-capitã da seleção nacional do Afeganistão, disse: «Os últimos dias foram extremamente stressantes, mas hoje alcançamos uma vitória importante. As jogadoras foram corajosas e fortes num momento de crise e esperamos que tenham uma vida melhor fora do Afeganistão. Mas ainda há muito mais trabalho a fazer. O futebol feminino é uma família e devemos garantir que todos estejam seguros.»