Agostinho Oliveira diz que a Selecção Nacional se envolveu em demasia no ataque e esqueceu o processo defensivo. O técnico assegura, porém, que a qualificação não está comprometido e que a equipa pode dar já à volta na Noruega. É preciso, no entanto, «mais equilíbrio defensivo».
«Tivemos imensas oportunidades. Não me lembro de uma produção ofensiva como a que usufruímos neste jogo. Tinha avisado sobre a qualidade do contra-ataque do Chipre. Não conseguimos vencer porque cometemos muitos erros. Esta defesa quase não sofreu golos no Mundial, hoje sofreu. Nunca conseguimos ter uma vantagem de dois golos para nos equilibrarmos emocionalmente. Produzimos, produzimos, produzimos e sofremos quatro golos em quatro remates do adversário.»
Este empate compromete a qualificação para o Europeu?
«Este empate não compromete as nossas aspirações. Na qualificação anterior tivemos também um empate deste tipo diante da Albânia.»
A equipa sentiu em demasia a polémica criada pelo caso-Queiroz?
«Não, não sentiu. O último golo é contra-natura e descaracterizou tudo aquilo que conquistámos anteriormente. Blindámos bem o grupo, trabalhámos bem e a prova é que produzimos bom futebol. Tivemos envolvimento e dinâmica, mas não há dúvida que não estivemos bem atrás e penitencio-me por isso. Provavelmente ficámos envolvidos com o nosso futebol atacante e esquecemo-nos do resto.»
E frente à Noruega que Portugal vamos ter?
«Tenho de dar a volta a esta situação já para o próximo jogo. Vamos alterar as coisas más e dar mais equilíbrio defensivo.»
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