Javier Aguirre, seleccionador mexicano, analisa o empate com a África do Sul, no jogo inaugural do Mundial 2010:

«Estivemos bem na primeira parte, mas a posse de bola e as oportunidades criadas não se reflectiram no resultado. A equipa acreditou que acabaria por marcar. Sofremos um golo, e tudo mudou. Precipitámo-nos. Vamos esperar pelo jogo entre Uruguai e França, para saber se este foi um bom resultado ou não.»

[considera que o resultado foi justo?] «Falar de justiça, no futebol, é complicado. Foi um jogo em que tudo podia ter acontecido. Fica um sabor amargo para ambas as equipas. Mas é o que temos. Ficamos obrigados a vencer a França.»

[mas o México não devia ter feito mais, dado que está muito acima no ranking da FIFA?] «O ranking é relativo. Sobes e desces sem jogar. A África do Sul jogou diante do seu público. Treinaram quatro meses juntos, antes desta prova. Não me surpreendeu a sua exibição. O que me surpreendeu foi não estarmos a vencer ao intervalo. Não gostei nada.»

[O México joga com três avançados, e por isso dá espaço na defesa. Admite mudar o sistema táctico?] «Vamos continuar a jogar assim. Já jogamos assim há muito tempo. Já ganhámos e já perdemos, mas é assim que sabemos jogar.»

«O golo da África do Sul foi a chave do jogo. Perdemos o equilíbrio. Ficámos ansiosos. Conseguimos o empate, mas não foi suficiente. Também é preciso dar mérito ao adversário.»

[sobre os problemas de finalização da sua equipa] «O golo é o mais difícil, no futebol. Hoje em dia é complicado criar seis ou sete oportunidades. Tens de aproveitar as que tens.»