Colega de Oliver Kahn no Bayern Munique e na seleção da Alemanha durante parte da década de 90 e o princípio do século, Lothar Matthaus não teve problemas em criticar o antigo companheiro, hoje CEO do gigante bávaro, que atravessa um período de maus resultados desportivos.

«Ele tem outros interesses. A família, gosta de desanuviar a cabeça, de jogar golfe. De repente, teve de assumir a responsabilidade de uma empresa em crise: um mundo novo para ele. Talvez ele tenha subestimado isso», apontou o ex-futebolista em declarações reproduzidas pelo Bild.

Para Matthaus, as culpas têm, no entanto, de ser divididas. «Claramente não tem a situação sob controlo. Esperava uma liderança mais clara do Herbert Hainer [presidente], também. E, olhando para trás, as contratações do Salihamidzic (diretor-desportivo) também não foram tão boas como se poderia pensar», disse.

O agora comentador de futebol, que considerou a demissão de Julian Nageslmann um erro, notou que o ex-companheiro de equipa é invisível para os colaboradores do Bayern e que está alheado do que os adeptos estão a sentir.

Segundo o Bild, os membros do conselho do Bayern Munique estão a ponderar se Oliver Kahn é a pessoa certa para o cargo que ocupa depois de lhe terem identificados diversas lacunas. De acordo com o mesmo jornal, o dirigente de 53 anos é acusado de ser pouco comunicativo, de não representar da melhor forma o clube no Mundo e de mostrar pouca empatia para com os colaboradores do Bayern.