Cunha Leal, director-executivo da Liga de Clubes, acredita que as alterações aos quadros competitivos da Superliga e da Liga de Honra só deve acontecer na temporada 2005/06: «Parece-nos, a nós e à federação, que qualquer modificação deverá, por todas as razões, ter em 2005/2006 a época de lançamento da reformulação dos quadros competitivos e não de conclusão das modificações. Pela simples razão que o despacho proferido, tendo por base o parecer do Conselho Superior de Desporto, é de Julho deste ano, já depois de ter começado a época desportiva», justificou.
Na sua opinião, «a reformulação tem de estar decidida antes do início de qualquer época, pois todos os elementos devem ser conhecidos, de acordo com princípios universais, antes de começarem os campeonatos». Por isso defende que a redução de 18 para 16 equipas nos dois principais campeonatos «é uma matéria que deve continuar em discussão dentro dos órgãos» e que «qualquer alteração só pode ser tomada por iniciativa da assembleia de clubes».
Para Cunha Leal, a dissolução do Parlamento não deverá ter influência na reformulação dos quadros competitivos, dado que «o futebol é estranho às consequências políticas dessa situação»: «Veremos qual a situação do conjunto de diplomas que estavam em cima da mesa, como a Lei de Bases ou reformulação das federações desportivas».