«Todos os títulos são especiais». Mas uns são mais que outros. A primeira sentença é de Álvaro Magalhães, ouvido esta segunda-feira pelo Maisfutebol. A segunda foi construída com base nas declarações do treinador ao nosso jornal. Álvaro venceu o campeonato angolano no domingo, pelo Interclube, e deu conta de toda a alegria que viveu.

«Foi um momento muito grande para mim e para o clube. Todos os títulos são especiais, mas ganhar fora do país ainda é mais saboroso. Tem um sabor especial este título, porque ganhar o campeonato angolano é de louvar. Não é o meu título mais importante, mas é o que me sabe melhor», explica.

Na opinião do técnico, o título da II Liga de 1998/99, ganho ao serviço do Gil Vicente foi «o mais importante de todos», entre os troféus ganhos como treinador principal. «Foi o primeiro e esse não se esquece. Quero, aliás, agradecer ao presidente João Magalhães que foi das primeiras pessoas a ligar-me a dar os parabéns», frisou.

Festejar, mas só um pouco, porque há a Taça para conquistar

O Interclube só por uma vez tinha sido campeão angolano. E a forma sofrida como o primeiro lugar foi assegurado (o Recreativo de Caalá terminou com os mesmos 55 pontos), também ajudou a que a festa fosse de arromba.

«O povo saiu à rua e demos uma volta pela cidade. Foi muito bom poder ver as crianças e mesmo os adultos a conviverem e a apoiarem os jogadores. Foi fantástico ver toda a gente satisfeita. Não pudemos festejar muito, porque temos a Taça de Angola para preparar. Queremos chegar à final e é mais um título que queremos conquistar», afirmou, lembrando que o Inter já treinou esta segunda-feira.

Para o final, uma declaração especial. O título foi dedicado ao irmão mais velho, falecido há quatro meses. «Estive com ele já na fase terminal da grave doença que tinha. Disse-me para não me preocupar, para vir para Angola ser campeão. Desejou-me toda a sorte do mundo. Agora que ganhei o campeonato, não posso deixar de lhe prestar esta homenagem», referiu.