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Liga Europa  |  

LE: Sporting-Astana, 3-3 (crónica)

Um leão de duas faces a caminho dos oitavos

À italiana, à espanhola, à portuguesa, escolha-se o termo que se quiser para caracterizar, porque isto do jogo é uma linguagem universal e o golo é entendido por todos.

A vantagem trazida do jogo de Cazaquistão deu maior tranquilidade ao Sporting para despachar a eliminatória. Em Alvalade então, a tarefa adivinhava-se mais facilitada à partida, muito embora não tenha acontecido.

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Por culpa de um leão poliglota.

Cínico ao estilo italiano, marcou nas poucas oportunidades que teve, incluindo na primeira, já depois de ter apanhado um valente susto.

Um leão à espanhola, virtuosista q.b., capaz de controlar a partida e dominar o adversário, ainda que, por vezes, demasiado exposto lá atrás. Umas pitadas de francês, quiçá.

À portuguesa, na arte da gestão do ritmo de jogo e também do resultado, quando assim foi necessário.

E de outro estilo, o do tipo adormecido.

Jesus fez uma autêntica revolução no onze, mudando sete das peças que tinham ido a jogo na primeira mão. O leão entrou adormecido, mas acordou com a bola no poste de Twumasi e sentenciou a eliminatória praticamente na primeira vez que foi à baliza.

Bas Dost abriu a contagem aos 3 minutos e trouxe a tranquilidade desejada, porém não o suficiente. A primeira parte teve poucos focos de interesse, jogou-se mais com a cabeça, de forma pragmática, com um ou outro esboço de maior nota artística.

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O Astana acusou o golpe logo a abrir e deixou-se dominar pelo adversário, mas com o tempo começou a tornar-se mais perigoso. Perto do intervalo, já depois de ter embatido de novo no poste, o conjunto cazaque chegou ao golo, por Tomasov (38m), num lance que deixou dúvidas quanto a um eventual fora de jogo.

A igualdade ao intervalo trazia uma justiça estranha ao marcador.

O que se passou na segunda parte também vem no dicionário. Algures entre arte e desilusão.

B…Bruno Fernandes, adj. Génio

Por muitas táticas e palestras que se possam dar ao intervalo, nenhuma delas é capaz de substituir o talento de um jogador.

No Sporting, o génio que desbloqueou o jogo foi, novamente, Bruno Fernandes. De uma bola parada fez um monumento ao futebol. Aos 53m, Coentrão tocou para o lado e Bruno Fernandes mandou uma bomba diretamente para o fundo da baliza, a talvez uns 30 metros.

Repetiu a dose dez minutos depois, servido por Bas Dost, dupla que cada vez mais parece falar a mesma língua.

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FILME DO JOGO

O Astana, cuja atitude denotava já algum conformismo, ainda arrebitou a dez minutos do final, com o belo golo de Twusami (80m). Não era de prever o que viria a acontecer mesmo no último lance da partida, mas o remate certeiro de Shomko conseguiu arrancar sorrisos aos cerca de 30 adeptos do Astana que estiveram em Alvalade.

Jogo surpreendentemente cheio de golos, que mostrou as duas faces de um Sporting europeu, tal como já tinha acontecido no Cazaquistão.

Um leão poliglota, de vários estilos, capaz do bom e do mau. Uma caixinha de surpresas fechada, à espera dos oitavos.

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