Pepa: «A nossa falta de intensidade foi gritante e é inadmissível»
Tondela-Benfica, 1-5 (reportagem)
«Estivemos muito longe daquilo que somos e do que pretendíamos para o jogo. E há dois números que nos deixam perplexos e a pensar. Nós somos uma equipa muito agressiva, no bom sentido da palavra, e hoje fizemos sete faltas. E isso explica tudo. Chegámos tarde, fomos pouco agressivos e pouco intensos. É verdade que no papel o Benfica é superior, mas nós queríamos levar o jogo lá para dentro e não conseguimos. Há que analisar o porquê de tanta vergonha que tivemos em ser agressivos com os jogadores do Benfica. Fiquei agastado com aquilo que aconteceu e não pode voltar a acontecer. Uma coisa é não termos capacidade para, com bola, fazermos mais e melhor, agora, sem bola é impensável tanta passividade e falta de agressividade.
E o outro número é o de remates [do Benfica]. Sete remates, cinco golos. Porque com espaço os jogadores do Benfica tiveram demasiado à vontade para fazer o que fizeram.»
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[Tendo em conta o contexto do jogo, podia ser uma oportunidade única para bater o pé ao Benfica?]
«Durante a semana tinhamos a noção de que havia aqui uma grande oportunidade para estar dentro do jogo e de discutir o resultado. Até ao primeiro golo entrámos bem, estávamos confiantes, mas a partir daí parece que desmoronou tudo. E não justficação para isso. Nós estamos com 15 pontos, o Benfica vinha de 120 minutos, trocou um jogador e foi a equipa mais agressiva. E isso é algo que não é a nossa imagem. A nossa falta de intensidade foi gritante, mas a reação tem de vir já na próxima jornada porque isto é inadmissível.»
[Sobre o silêncio decretado pelo antes deste jogo]
«Não é nada contra vocês [jornalistas], longe disso, mas é um pouco triste vocês virem aqui quando vem o Benfica, o FC Porto e o Sporting. Muitas vezes estou aqui depois dos jogos, olho para as caras e sei quem é que está cá: três, quatro pessoas. Hoje há muita caras que nunca tinha visto. E nas antevisões dos jogos é igual, com duas ou três pessoas. Isto vale o que vale, mas é um forma de protesto saudável, sem interferir no vosso trabalho que é fundamental, e é uma forma de protesto para que se reconheça e dê voz aos clubes ditos pequenos.»
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