«Dois golos, uma bola na barra, uma grande exibição.»

O veredito do Maisfutebol após o Sporting-Vitória de Setúbal, vencido pelos leões por 2-1 com influência máxima de Nani.

O internacional português viu coroado o regresso a casa - onde cumpre a terceira passagem - com dois remates certeiros, decisivos para ajudar os leões a manterem-se colados ao topo da classificação e com um percurso 100 por cento vitorioso a dias da visita à Luz para o primeiro jogo grande da Liga 2018/19.

Nani chegou no passado sábado aos 26 golos com a camisola principal do Sporting em 115 jogos, mas nunca (2005-2007 e 2014/15) tinha celebrado a dobrar ao serviço do clube para onde rumou em 2003 aos 16 anos depois de se ter iniciado no Real de Massamá.

Ao todo, entre o primeiro e o 26.º tentos de Nani de leão ao peito vão quase 13 anos: tinha 18 quando faturou pela primeira vez, num empate fora de portas com o Boavista (2-2) a 30 de outubro de 2005, duas semanas depois de Paulo Bento ter rendido no comando técnico da equipa o homem que agora reencontra em Alvalade ao cabo de mais de uma década: José Peseiro.

«Está encontrado um novo diamante. Um portento, este miúdo que foi integrado no plantel do Sporting por José Peseiro mas teve de esperar por Paulo Bento para ganhar um lugar no onze. Um lance de génio, aos 21 minutos, sintetiza toda uma exibição repleta de pormenores apenas ao alcance dos predestinados. Pisou a bola com Tiago na marcação como se por cá andasse há muitos anos, viu o adversário ficar pregado no relvado e arrancou, formoso e seguro, para a baliza de Carlos, passando pelo meio de dois adversário, Rui Duarte e Guga, e disparando de forma seca, quase cruel, para o fundo da baliza de Carlos, contando com um ligeiro desvio de Hélder Rosário. Não se ficou por aí Nani, pequeno nome de um grande jogador, que encheu o campo, preferencialmente sobre o flanco esquerdo, enquanto teve pernas e forças», escreveu o jornalista do Maisfutebol que avaliou nesse penúltimo dia de outubro a prestação do novo prodígio de Alvalde, que menos de duas épocas depois haveria de seguir os passos de Cristiano Ronaldo e assinar pelo Manchester United de Sir Alex Ferguson.

Depois de uma longa estadia em Inglaterra, e com perda de influência nos últimos anos nos red devils, Nani foi emprestado ao Sporting em 2014/15. Sob o comando de Marco Silva apresentou os melhores números individuais ao serviço dos leões e da carreira: 12 golos em 37 jogos.

Após o regresso curto a casa, Fenerbahçe, Valência e, em 2017/18, uma passagem discreta pela Lazio: foi titular em apenas seis dos 25 jogos realizados pela equipa italiana e a inconstância valeu-lhe a ausência dos convocados de Fernando Santos no Mundial.

Agora, Nani procura voltar a ser determinante no regresso à casa-mãe e, quem sabe, reclamar um lugar na Seleção Nacional, onde é o quarto jogador mais internacional da história. Os dois golos são um bom cartão de visita para alguém que, ainda assim, dispensa apresentações.

Veja aqui o resumo do Sporting-V. Setúbal, com os dois golos de Nani: