O FC Porto apostou no mercado mexicano para retocar o plantel e garantiu Jesus Corona e Miguel Layún no último dia de inscrições na Liga. Face a este cenário, foram negociadas as saídas, a título temporário, de Ricardo Pereira (Nice) e Hernâni (Olympiakos).

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Lateral por lateral, extremo por extremo. Porém, Layún – que chega por empréstimo do Watford, com opção de compra – é um lateral direito com capacidade para atuar à esquerda, ou seja, pode ser alternativa para um flanco onde a herança de Alex Sandro é pesada. O mexicano permite ainda a Lopetegui gerir a utilização de Maxi Pereira, tendo em conta várias frentes.

Jesus Corona, contratado ao Twente por 10,5 milhões de euros, joga preferencialmente nas alas mas pode surgir ao centro ou libertar Yacine Brahimi – utilizado nessa posição frente ao Estoril – para as funções de organizador de jogo.

No último dia do mercado, o FC Porto resolveu ainda casos pendentes como Adrián López (Villarreal) ou Juan Quintero (Rennes)

O plantel fica com 26 elementos, contando com três jovens que representaram a equipa B na época passada. Raul Gudiño será o terceiro guarda-redes, podendo ser utilizado pela formação secundária, tal como tem acontecido com André Silva, que surge como alternativa a Aboubakar e Pablo Osvaldo. Igor Lichnosvky é o quarto central, face à saída de Diego Reyes.

Julen Lopetegui procurou o equilíbrio no grupo, tendo soluções para uma variação do 4x3x3. Alberto Bueno, segundo avançado, é o nome mais evidente (daí surgir no lote de médios, nesta análise), sendo equacionado como homem a utilizar nas costas do jogador mais adiantado, numa deambulação para o 4x2x3x1. A solução foi testada na pré-época e, frente ao Estoril, Brahimi desempenhou funções semelhantes, com Danilo Pereira e Imbula na mesma linha, nas costas. Bueno pode ainda jogar sob um flanco, como solução de recurso.

Serão essas as alternativas para compensar aquilo que pode ser apontado como uma lacuna – a única - no plantel: a falta de um organizador puro de jogo, o chamado 10. O treinador do FC Porto terá uma ideia diferente, preferindo um médio defensivo e dois box-to-box que acumulem missões defensivas e ofensivas.