Ninguém saiu incólume. William Carvalho, por exemplo, demorou a fazer a cobertura aos centrais no segundo golo americano.
Ninguém passou incólume, dizia-se, mas deste lote saíram provavelmente os menos culpados.
Ricardo Costa, antes de mais. Provavelmente o melhor português em campo.
Começou o jogo a fazer uma falta, logo no primeiro minuto, pouco depois subiu à área adversária para um cabeceamento sem perigo, mas a partir daí foi só boas intervenções.
Aos 22 minutos recuperou a bola e deu rápido para Veloso, pouco depois recuperou outra bola e tocou para Nani, mais um minuto e um corte de carrinho a remate de Dempsey. Por esta altura, que curiosamente coincidia com a fase mais forte dos Estados Unidos, já era Ricardo Costa e mais dez.
Até ao intervalo ainda haveria de cortar de cabeça mais um cabeceamento perigoso, mas acima de tudo esteve sempre bem posicionado, sempre atento, sempre inteligente a ler o jogo.
Na segunda parte, aí sim, Ricardo Costa fez um golo: não foi bem um golo, mas podia valer como tal. Aos 54 minutos, perante uma saída pouco inteligente de Beto dos postes, o central surgiu em cima da linha de baliza a cortar o remate de Bradley e a evitar o golo americano.
Mais tarde haveria de provar-se que foi um daqueles golos que não valeram como tal, nem trouxeram valor acrescentado: os dois golos americanos impediram-no. Mas Ricardo Costa não teve culpa disso. Até ao fim ainda haveria de fazer mais um par de cortes preciosos pelo ar, e sublinhar a melhor exibição da noite.
Ora os golos dos Estados Unidos, precisamente, desvalorizaram praticamente todas as exibições, mas uma em particular: Beto, claro. O guarda-redes já tinha parado um remate de Dempsey com perigo aos 16 minutos e tinha controlado com segurança um outro remate de Bradley.
Seguro nas bolas altas e muito confiante com os pés, Beto só não conseguiu parar os golos: aos 63 minutos ficou pregado ao chão no remate em arco de Jones, aos 80 minutos pagou a demora dos companheiros em aliviar a bola que permitiu a Dempsey fazer o segundo golo.
Depois, claro, houve William Carvalho. Entrou no intervalo e acalmou imediatamente o futebol. Toca para o lado, toca para trás, abre em João Pereira, recupera a bola e lança Ronaldo. Os portugueses aplaudem, claro.
À passagem da hora de jogo, de resto, William Carvalho tinha feito quinze passes, todos corretos. O primeiro passe falhado, aliás, surgiu aos 69 minutos.
Ora com isso o jogo de Portugal assentou e acalmou. Os Estados Unidos deixaram de ameaçar como tinham feito na primeira parte, mas a verdade é que ameaçando menos o adversário conseguiu chegar onde antes não tinha chegado: aos golos.
O segundo, particularmente esse, não evita passar também pelo nome de William Carvalho: o médio pareceu anormalmente cansado para um jogador que tinha entrado na segunda parte e demorou a chegar à grande área para fazer a cobertura aos centrais.
Num último esforço, de resto, ainda fez um carrinho sobre Bradley, mas não evitou que a bola chegasse a Dempsey, que atirou para o golo. Um pormenor que não esconde o essecial, claro: podem contar com ele.
André Almeida, esse sim, deixou sérias dúvidas no ar.
O lateral até participou no golo de Nani: subiu pelo flanco, tirou um adversário da frente e serviu Miguel Veloso, que cruzou com alguma felicidade para o remate de Nani.
A partir daí, porém, sobraram dificuldades. Que nem todas são culpa dele, é verdade: mas ele foi a face mais óbvia delas todas. Sem o apoio de Cristiano Ronaldo nas tarefas defensivas, ficou muitas vezes exposto às combinações entre Bedoya e Johnson, com o primeiro a fletir para o centro abrindo espaço às cavalgadas imponentes do lateral direito.
André Almeida, esse, parecia perdido. Tentava aguentar-se como podia, mas muitas vezes aquele flanco era um corredor. Aos 31 minutos, por exemplo, seguiu Badoya para o centro e abriu espaço a Johnson, que rematou de pé esquerdo com muito perigo. Pouco depois, deixou Bradley fugir-lhe outra vez pela direita, mas acabou por corrigir o erro com um corte in-extremis.
Pelo meio, é verdade, teve boas ações: aos 34 minutos, fez um corte que evitou que a bola chegasse a Fabian Johnson para uma outra jogada perigosa. Mas no essencial, e muito desprotegido, foi sempre o alvo preferido dos Estados Unidos para explorar o ataque.
Curiosamente na segunda parte, com a entrada de William Carvalho, a descida de Miguel Veloso para lateral e o surgimento de Raul Meireles mais na esquerda, os Estados Unidos tiveram mais dificuldade em explorar o flanco esquerdo de Portugal.
Falta Hélder Postiga, é verdade, e não há muito para dizer: antes de lesionar e sair de campo, tinha apenas combinado com Moutinho, primeiro, e com Miguel Veloso, logo a seguir.
Muito pouco tempo para mais.
No essencial, portanto, há jogadores que parecem ter ganho um lugar: William e Ricardo Costa, claro. Mas nem é surpreendente, pois não?
Ricardo Costa, antes de mais. Provavelmente o melhor português em campo.
Começou o jogo a fazer uma falta, logo no primeiro minuto, pouco depois subiu à área adversária para um cabeceamento sem perigo, mas a partir daí foi só boas intervenções.
Aos 22 minutos recuperou a bola e deu rápido para Veloso, pouco depois recuperou outra bola e tocou para Nani, mais um minuto e um corte de carrinho a remate de Dempsey. Por esta altura, que curiosamente coincidia com a fase mais forte dos Estados Unidos, já era Ricardo Costa e mais dez.
Até ao intervalo ainda haveria de cortar de cabeça mais um cabeceamento perigoso, mas acima de tudo esteve sempre bem posicionado, sempre atento, sempre inteligente a ler o jogo.
Na segunda parte, aí sim, Ricardo Costa fez um golo: não foi bem um golo, mas podia valer como tal. Aos 54 minutos, perante uma saída pouco inteligente de Beto dos postes, o central surgiu em cima da linha de baliza a cortar o remate de Bradley e a evitar o golo americano.
Suitable reaction to the Bradley miss: #USAvsPOR #WorldCup pic.twitter.com/YwyWiXpfJB
— Sky Sports Football (@SkyFootball)
June 22, 2014
Mais tarde haveria de provar-se que foi um daqueles golos que não valeram como tal, nem trouxeram valor acrescentado: os dois golos americanos impediram-no. Mas Ricardo Costa não teve culpa disso. Até ao fim ainda haveria de fazer mais um par de cortes preciosos pelo ar, e sublinhar a melhor exibição da noite.
Ora os golos dos Estados Unidos, precisamente, desvalorizaram praticamente todas as exibições, mas uma em particular: Beto, claro. O guarda-redes já tinha parado um remate de Dempsey com perigo aos 16 minutos e tinha controlado com segurança um outro remate de Bradley.
Seguro nas bolas altas e muito confiante com os pés, Beto só não conseguiu parar os golos: aos 63 minutos ficou pregado ao chão no remate em arco de Jones, aos 80 minutos pagou a demora dos companheiros em aliviar a bola que permitiu a Dempsey fazer o segundo golo.
Depois, claro, houve William Carvalho. Entrou no intervalo e acalmou imediatamente o futebol. Toca para o lado, toca para trás, abre em João Pereira, recupera a bola e lança Ronaldo. Os portugueses aplaudem, claro.
15 minutes of William Carvalho. Nothing that will make the highlights reel, but so useful and efficient. pic.twitter.com/P3ltEeN2sB
— Vasco Mota Pereira (@CombinationPlay)
June 22, 2014
À passagem da hora de jogo, de resto, William Carvalho tinha feito quinze passes, todos corretos. O primeiro passe falhado, aliás, surgiu aos 69 minutos.
Ora com isso o jogo de Portugal assentou e acalmou. Os Estados Unidos deixaram de ameaçar como tinham feito na primeira parte, mas a verdade é que ameaçando menos o adversário conseguiu chegar onde antes não tinha chegado: aos golos.
O segundo, particularmente esse, não evita passar também pelo nome de William Carvalho: o médio pareceu anormalmente cansado para um jogador que tinha entrado na segunda parte e demorou a chegar à grande área para fazer a cobertura aos centrais.
Num último esforço, de resto, ainda fez um carrinho sobre Bradley, mas não evitou que a bola chegasse a Dempsey, que atirou para o golo. Um pormenor que não esconde o essecial, claro: podem contar com ele.
André Almeida, esse sim, deixou sérias dúvidas no ar.
O lateral até participou no golo de Nani: subiu pelo flanco, tirou um adversário da frente e serviu Miguel Veloso, que cruzou com alguma felicidade para o remate de Nani.
A partir daí, porém, sobraram dificuldades. Que nem todas são culpa dele, é verdade: mas ele foi a face mais óbvia delas todas. Sem o apoio de Cristiano Ronaldo nas tarefas defensivas, ficou muitas vezes exposto às combinações entre Bedoya e Johnson, com o primeiro a fletir para o centro abrindo espaço às cavalgadas imponentes do lateral direito.
André Almeida, esse, parecia perdido. Tentava aguentar-se como podia, mas muitas vezes aquele flanco era um corredor. Aos 31 minutos, por exemplo, seguiu Badoya para o centro e abriu espaço a Johnson, que rematou de pé esquerdo com muito perigo. Pouco depois, deixou Bradley fugir-lhe outra vez pela direita, mas acabou por corrigir o erro com um corte in-extremis.
Pelo meio, é verdade, teve boas ações: aos 34 minutos, fez um corte que evitou que a bola chegasse a Fabian Johnson para uma outra jogada perigosa. Mas no essencial, e muito desprotegido, foi sempre o alvo preferido dos Estados Unidos para explorar o ataque.
Curiosamente na segunda parte, com a entrada de William Carvalho, a descida de Miguel Veloso para lateral e o surgimento de Raul Meireles mais na esquerda, os Estados Unidos tiveram mais dificuldade em explorar o flanco esquerdo de Portugal.
Falta Hélder Postiga, é verdade, e não há muito para dizer: antes de lesionar e sair de campo, tinha apenas combinado com Moutinho, primeiro, e com Miguel Veloso, logo a seguir.
Muito pouco tempo para mais.
No essencial, portanto, há jogadores que parecem ter ganho um lugar: William e Ricardo Costa, claro. Mas nem é surpreendente, pois não?